Estou lendo O guia do mochileiro das galáxias, de Douglas Adams. Sem dúvida, um humor de fino trato. Mas o que me chamou a atenção foi uma certa fé na Ciência e na ausência de Deus. Adams era ateu convicto (uma coisa que acho difícil entender). Há uma passagem no livro em que dois filósofos discutem o papel da Ciência na busca pelas questões fundamentais da vida. Segue um trechinho desta parte para vocês mesmos sentirem essa questão:
"-Essas máquinas têm mais é que fazer contas - disse Majikthise -, enquanto nós cuidamos das verdades eternas. Quer saber a sua situação perante a lei? Pela lei, a Busca da Verdade Última é uma prerrogativa inalienável dos pensadores. Se uma porcaria de uma máquina resolve procurar e acha a porcaria da Verdade, como é que fica o nosso emprego? O que adianta a gente passar a noite em claro discutindo se Deus existe ou não pra no dia seguinte essa máquina dizer qual o número do telefone dele?"
(Douglas Adams, O guia do mochileiro das galáxias)
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