domingo, 30 de março de 2014

1984

Acabei a leitura de 1984, de George Orwell. Gostei. Até mesmo porque era uma dívida que eu tinha para comigo. O texto causou impacto em alguns momentos, em outros, confesso que não me surpreendeu. Mas senti assim... Aquele tapa de luva de pelica. A obra é mais que uma nota, uma observação, é uma análise ácida e contundente de tempos pelos quais poderíamos passar: "Se você quer uma imagem do futuro, imagine uma bota prensando um rosto humano para sempre", escreveu o autor.

O Estado que Orwell descreve é opressor e castrador. Ele crê eliminar todas as ideologias contrárias pela vigilância e opressão. Winston, personagem principal da obra, foge disso. E por fugir, tem sua liberdade e sua vida posta em risco. Mas um risco que vale, um risco necessário e aliviador até.

A leitura deste livro me levou a pensar no extremo a que pode chegar uma nação que bane a presença de Deus como seu criador. O Partido, na obra de Orwell, ocupa esse lugar. É o ponto de chegada e partida para todas as coisas. O Partido é o fim e é objeto de adoração. Não surpreende que seja opressor, ditador e assassino. 

Sem mais fôlego para escrever, mas se é necessário encerrar aqui... Eu recomendaria a leitura, sobretudo em conjunto com os clássicos da literatura de esquerda (digo, Marx & Cia). Dá um belo contraponto. Que Deus nos livre de um Estado totalitário assim.

Boa semana!


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