sábado, 15 de novembro de 2014

Meu fado

Não é sempre que me dá uma certa ansiedade de ouvir um estilo determinado de música. Hoje a melancolia me fez companhia e, com ela, veio a lembrança do fado. Comecei por Dulce Pontes (não a considero exatamente uma fadista, mas ela bem que arrisca lá suas notas) e estou terminando por Mariza. Esta, aliás, em uma "palhinha" no programa do Jô mostrou ter um sotaque brasileiro impecável. Fiquei impressionada. Mas, voltando ao fado... O fado faz companhia a solidão e ao lamento de forma esplendorosamente bela. E Mariza, como "cantadeira de fado", entende bem isso. Mas, se me permitem, não sei se a chamaria de tradicionalista como ela mesma se declara. Em um sentido pode ser, mas ela dá uma roupagem nova ao fado e uma melancolia própria do nosso tempo, um deslocamento, um desencaixe que... Pensando bem, não seria isto algo inerente à tristeza do artista? Vamos ao fado.



terça-feira, 11 de novembro de 2014

Eu te amo

Quando não houver mais o que falar
Quando eu não conseguir entender mais e mesmo assim estar
Sempre que você me for um enigma
Sempre que me for pedido paciência
Em toda minha prudência
Vendo ao longe nosso caminho

Quando sua voz embargar
Quando meu "não" for "sim"
Quando gritar de dor
Sempre que eu suportar a dor

Sempre que você me pedir
Quando você nada quiser
Sendo você quem é
Com o apreço com que ama uma mulher

Com minhas doses insuficientes
Crente no socorro do Pai
Honradamente
Sempre
Com um amor que não se esvai