terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Ano Novo

Intencionava escrever antes da virada do ano, mas.... Como disse uma vez uma amiga: "quando a gente tá feliz, a gente quer viver" rs. Digamos que eu não estive pulando de alegria, mas... Precisava viver.

Virada do ano pra mim tem um quê nostálgico... Aquilo que não fiz, aquilo que não vi, os livros que não pude ler... Sempre me recusei a pensar que tudo tivesse que ser visto só pelo lado bom. Se existe o lado negro da força e é preciso um equilíbrio para que o universo exista harmoniosamente... Por que, raios, haveria eu de excluir os "nãos"??! Honestamente, acho até burrice...

Mas ok, filosofia Star Wars à parte, fim de ano dá sempre aquele apertinho, uma vontadezinha de fazer um balanço, né, não? Concordo com Nicodemus que não há embasamento bíblico pra isso. Mas de onde isso viria? Eu diria que isso é coisa de Papalagui. Nossa percepção do tempo é como é porque nós o quantificamos, nós contamos o tempo. Tentativa, ilusória possivelmente, de controlar o tempo. A questão é: nós lidamos com o tempo dessa forma, como algo que se quantifica. E, sim, temos a sensação de que algo acaba, de fato, no final do ano. Há continuidade? Há, sim. Mas também há ruptura. Com o que? E... Aí, vai da história de cada um e de cada um dentro de sua comunidade. Uma ruptura abrupta e visível. Não sei. Bem... Lembro de uma resolução de Ano Novo que fiz de não roer mais as unhas. Funcionou  :) Mas... Rupturas nem sempre são visíveis e tão bem demarcadas... Na maquiagem, por exemplo, você pode trabalhar com transições de cores, até que uma cor x prevaleça enquanto outra não. 

Resumindo, temos um Ano Novo que se não é completamente novo, assim se faz por uma contagem de tempo. E se "novo" não fosse, não nos perguntaríamos: o que fazer neste ano que se inicia?

Gosto de pensar (o que nem sempre implica em uma descoberta factível) que mais uma oportunidade se nos apresenta. Da mesma forma que "um dia discursa outro dia" e uma noite revela conhecimento a outra noite", o tempo é o tempo independente de nossas imperfeitas contagens. E com outro dia iniciando, temos mais uma oportunidade de fazermos boas e melhores escolhas. É preciso ter em vista nossa insignificância. O dia não espera e é a noite que revela conhecimento à outra noite, não nós. O Pai assim fez. Não controlamos o tempo, ele nos é ofertado. Então meu desejo para este Novo Ano, este novo ciclo que se inicia é que saibamos contar nossos dias.