quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Violonistas

Vou abrir essa série, fazendo uma homenagem a um dos maiores divulgadores da música flamenca no mundo: Paco de Lucia. Ele morreu ontem no México, mas seu legado, com certeza, vai permanecer por muito tempo ainda.

Paco de Lucia - Bulerias


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Mentiras impostas

Lendo 1984 de George Orwell (finalmente!), me deparei com o seguinte trecho:

"E se todos os outros aceitassem a mentira imposta pelo Partido - se todos os anais dissessem a mesma coisa -, então a mentira se transformava em história, em verdade. "Quem controla o passado", dizia o lema do Partido, "controla o futuro; quem controla o presente, controla o passado". E no entanto o passado, conquanto de natureza alterável, nunca fora alterado. O que agora era verdade era verdade do sempre ao sempre."

Não pude achar mais plausível a mesma afirmação pra nossa realidade. Olhemos pra Cuba e para o que a esquerda tem feito lá.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Samba pra Deus

Gosto de samba (até porque "quem não gosta de samba, bom sujeito não é", como diz a canção). Lembrei de um samba que, apesar de não ser num estilo dos que mais aprecio, dá um ótimo recado sobre como se sentem alguns artistas cristãos nos seus processos criativos. Enquanto sufocarmos a criação desses artistas, estaremos perdendo muito. Vejam só: Luiz Arcanjo - Samba pra Deus.


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A natureza humana

Lembrei-me estes dias de uma cena que aconteceu quando eu ainda morava no interior da Bahia. Pois bem, a história é a seguinte... Eu estava no meu caminho para o centro da cidade e parei em um sinal, esperando que fechasse para poder atravessar a rua. Segundos depois, pararam dois garotos ao meu lado (bem altos, inclusive). No meio da conversa entre os dois, um disse para o outro:
- Tá vendo aquele sinal ali? Então... Tá vermelho. Sabe o que acontece se tu atravessar?
O outro, rindo, olhou para ele.
- Tu morre. Se tu atravessar, tu morre.

Olhei para o outro lado, distraída e quando me virei para a rua, vi os dois garotos atravessando. Não resisti e perguntei:
- Ei! O que aconteceu com o sinal?
O que estava falando, virou-se pra mim e disse:
-Aaaah!


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O quanto Deus se importa

"Ao ler o Velho Testamento, vemos que Deus fala sobre coisas como a importância de fazer as necessidades num buraco, porque do contrário as pessoas acabariam pisando naquilo, e cremos que Deus realmente se importa com as minúcias de nossa vida. O resultado disso é que, na cultura do reino, a teologia torna-se tremendamente prática e associada ao modo como vivemos a cada dia, como trabalhamos, lavamos a louça e escovamos os dentes para a glória de Deus."

                                                                (Mark Driscoll, Reformissão, p. 185, grifo meu)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Recordar os feitos do Senhor

Precisei de um guindaste pra me levantar hoje. É assim. Sem avisos, sem garantias, sem sentido. Foi como no Salmo 77, em que o salmista diz:

"Rejeita o Senhor para sempre?
Acaso, não torna a ser propício?
Cessou perpetuamente a sua graça?
Caducou a sua promessa para todas as gerações?
Esqueceu-se Deus de ser benigno?
Ou, na sua ira, terá ele reprimido as suas misericórdias?
Então, disse eu: isto é a minha aflição; mudou-se a destra do Altíssimo.
Recordo os feitos do Senhor, pois me lembro das tuas maravilhas da antiguidade"

(v.7 a 11)

Assim, segue o salmo a recordar as maravilhas que Deus fez para o povo de Israel. Assim, no meu caminho para a academia, lembrei do que Deus já fez na minha vida e a nuvem foi se dissipando.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Unindo Igreja, Evangelho e Cultura


Um jovem pastor para uma cidade babilônica. Uma das formas de se entender o livro Reformissão, do Mark Driscoll. Baseado em suas experiências com sua igreja (Mars Hill) sediada em Seattle, Driscoll tem como principal proposta falar de missões, unindo Evangelho, Igreja e Cultura.

Para iniciar a leitura de Reformissão, é bom ter em mente o que o autor entende por cultura. Ao fluir da leitura, é possível perceber que Driscoll trabalha com um conceito base de cultura e alguns outros que vão surgindo dentro de contextos específicos, mas nem por isso, deixando de turvar um pouco o texto. Em todo caso, o autor entende cultura de uma forma dinâmica e que não se atém a coisas, objetos ou práticas e usos, mas vai além: atinge nosso modo de pensar, ser e conviver.

Seguindo, o livro discute o modelo que temos de missão e propõe a reformissão a partir do próprio modelo de Cristo. Discute a forma como nos aproximamos de pessoas não-cristãs e como Jesus fazia isso de forma a guardar o Evangelho e, ao mesmo tempo, compartilhá-lo. Segundo o autor:

“a reformissão é, fundamentalmente, ser como Jesus, por meio de sua graça transmissora de poder. Um dos pontos-chave subjacentes à reformissão é a compreensão de quem nem a liberdade de Cristo nem a nossa liberdade em Cristo subentendem uma permissão para chegarmos tão próximo quanto possível do pecado, contanto que não cruzemos o limite.”
                                                                                                       (DRISCOLL, p. 39-40)


Acrescentando, Driscoll mostra como os evangelhos comunicaram as boas novas considerando o contexto cultural. Entrando na questão da união da Igreja com a Cultura (aqui, em um dos seus conceitos, “cultura” seria o contexto cultural específico a um determinado lugar). Para ele, a reformissão não é algo que se faz, mas algo que se é, o que, em termos de missões, faz muito sentido, pois Cristo não deixou de ser Cristo da forma que pregou o Evangelho, mas, ao contrário, Ele se reafirmou como Filho de Deus ao fazê-lo como fez, desafiando as práticas que se distanciavam da vontade do Pai.

Na segunda parte do livro, a discussão se aprofunda em como nós, cristãos, nos relacionamos com os não-cristãos e com nossa cultura. Para tal, o autor trata da reformissão dentro da cultura e ilustra com algumas questões cuja forma de serem tratadas, transparecem regras impostas culturalmente.

Todo o livro é enriquecido com depoimentos e relatos da própria experiência do pastor que o escreve. É de uma leitura muito clara, límpida e bem humorada que nos leva a pensar sobre nossos próprios preconceitos e de como somos imbuídos por falsos ensinamentos dentro de nossa própria cultura. Entender que não estamos imunes a uma gama de práticas, usos, ideologias de nossa época e que é incumbência nossa, aprendermos a viver dentro de nossos contextos e comunicarmos o Evangelho dentro de nossas próprias vivências é, sem dúvida, um grande tesouro que encontramos nesta obra.


Fonte: DRISCOLL, Mark. Reformissão: como levar a mensagem sem comprometer o conteúdo. Niterói, RJ: Tempo de Colheita, 2009.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Banksy

Arte de rua. Uma fantasia, que de tão fantasia, concretiza-se em nossas mentes. Uma exacerbação do que é ser urbano. Crônica da cidade. Assim é Banksy. Quanto sabemos de fantasia? E quanto pensamos que sabemos da realidade? Quanto de nossos conceitos não estão mortos em si?


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Adams e o ateísmo

Estou lendo O guia do mochileiro das galáxias, de Douglas Adams. Sem dúvida, um humor de fino trato. Mas o que me chamou a atenção foi uma certa fé na Ciência e na ausência de Deus. Adams era ateu convicto (uma coisa que acho difícil entender). Há uma passagem no livro em que dois filósofos discutem o papel da Ciência na busca pelas questões fundamentais da vida. Segue um trechinho desta parte para vocês mesmos sentirem essa questão:

"-Essas máquinas têm mais é que fazer contas -  disse Majikthise -, enquanto nós cuidamos das verdades eternas. Quer saber a sua situação perante a lei? Pela lei, a Busca da Verdade Última é uma prerrogativa inalienável dos pensadores. Se uma porcaria de uma máquina resolve procurar e acha a porcaria da Verdade, como é que fica o nosso emprego? O que adianta a gente passar a noite em claro discutindo se Deus existe ou não pra no dia seguinte essa máquina dizer qual o número do telefone dele?"

                                                          (Douglas Adams, O guia do mochileiro das galáxias)

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Um pouco de nostalgia

Hoje vou postar aqui um bom e velho blues que foi indicado por uma amiga. Aliás, não sei se blues ou gospel, um gospel daqueles que tem endereço lá pela Carolina do Sul, nos EUA.

Sister Rosetta Tharpe - Peace in the Valley



sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Outra boa notícia

Querid@s,

Pra quem tem me acompanhado, sabe que estou um período sem trabalhar, cuidando da saúde. Foi custoso, mas absolutamente necessário. Posso dizer que neste período, Deus não deixou faltar nada e tem me sustentado até aqui. Como eu disse a alguns amigos: "a mamata vai acabar" rs... Minha médica me liberou para trabalhar. Fez apenas uma ressalva: nada que comprometa meu sono e me estresse. Fora isso, espero em breve estar de volta à ativa. Muitas coisas boas nisso tudo... Uma delas, o tempo que pude dedicar à leitura, à escrita e a oportunidade de recomeçar, de fazer algo novo. Que Deus oriente meus passos. Agradeço a todos os que me apoiaram nesta fase pela qual passei. Agora é transição.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A graça de Deus

Um acidente mata um homem e sua mulher gestante. A mulher morreu na hora, mas a criança nasceu no local do acidente. Quando ouço uma notícia assim, penso logo em como a mão de Deus se faz presente na vida de algumas pessoas. Não digo que a graça de Deus não alcance toda a humanidade, mas que, para algumas pessoas, parece que Deus age de forma especial. Imagine que história essa criança não terá para contar quando crescer? Que Deus a continue guardando.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Iona

Voltei a ouvir Iona. Iona é uma banda inglesa cujo nome foi dado por causa da ilha de Iona, costa ocidental da Escócia. Voltar a ouvir Iona significou muita coisa. Quer dizer que estou reescrevendo meu passado. Explico.

Pra quem viu o filme O lado bom da vida, havia uma música que o personagem principal da trama não podia ouvir que se sentia mal. Aliás, ele também tinha transtorno bipolar. Essa música provocava nele uma série de lembranças que lhe eram profundamente incômodas e desagradáveis. Comigo era um pouco parecido. Ouvir Iona me lembrava de um tempo para o qual eu queria voltar e me dava muita, mas muita saudade. Por isso, desisti de Iona e fiquei cerca de um ano sem ouvir (ainda que estivesse com um álbum deles no meu celular).

Um belo dia, cansada de ouvir as mesmas coisas, arrisquei. Por que não Iona? Que bom. Funcionou. É uma volta à minha identidade, ao que gosto. Não tenho dúvidas de que é mais uma amostra de que Deus nos cura por inteiro: corpo, alma e espírito.

Bem, agora falta dizer por que gosto dessa banda, né? Iona mistura rock progressivo com música celta. Na maioria das vezes, uma pitada celta, mas no vídeo que vou mostrar, vê-se que a influência do folclore anglo-saxão é bem forte. E é isso que acho bonito neles! Músicos cristãos que não se negaram desfrutar de suas raízes. Aqui... Estamos ainda longe disso. Aqueles que se arriscam, estão no lado B. Temos uma dívida ainda com a música brasileira. Quem sabe, quando o músico cristão brasileiro entender que fazer música implica viver criativamente a fé cristã, não teremos um outro cenário? Enquanto isso, oremos e façamos.


Iona - Castlerigg:



sábado, 1 de fevereiro de 2014

O Barquinho

Hoje o dia está ensolarado e estou de partida para a praia com os Pellegrinos (minha irmã & cia). Lembrei-me da canção "O Barquinho" do Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. É bem isso. Dia de luz/ Festa de sol...

Um bom fim de semana a todos!