quinta-feira, 31 de julho de 2014

Sobre o ofício

Saber que o trabalho de professor é ingrato todo mundo sabe. E não é de ontem! Machado de Assis já havia escrito o conto "O Apólogo" salientando tal questão. Mas... Ainda assim, há dias em que tomamos o poder de decisão nas mãos e dissemos "agora é minha vez".

Lembro-me das explicações de uma querida professora de português na faculdade que uma vez disse que "pupilo(a)" era aquele ou aquela que passava a enxergar quando nossos olhos de mestre já não podia mais e, num sentido, é isto que fazemos: damos vista aos nossos alunos. Mas o processo não é de mão única (ufa!) e, assim, no ensinar acabamos por aprender. Aprendemos sobre o ofício, sobre o assunto do qual tratamos e sobre pessoas e no cotidiano com elas é que vivenciamos o amor de Deus. Sim, trabalho ingrato, mas agraciado por nosso Pai Celestial.

terça-feira, 29 de julho de 2014

E assim vai

Saudades de andar por estes pagos... Mais lacunas, menos tempo. Tempus fugit. Essa expressão, aliás, já está virando saliva na minha boca rs. Enfim... Passando pra dizer que consegui, no meio da correria, terminar mais uma leitura: "Os Quatro Amores", do C. S. Lewis. Faria uma resenha crítica do livro não fossem duas coisas: tempo e informação. O livro me pareceu bastante perspicaz, acurado como as observações de Lewis. Mas só me pareceu... Para algo mais concreto, eu precisaria de uma segunda leitura. Em todo caso, há trechos que, por si só, se explicam e valem a pena as passagens que passam em ignorância:

"Nós fomos feitos para Deus. É somente sendo de algum modo como ele, somente sendo manifestação de sua beleza, benevolência, sabedoria ou bondade, que nossos Amados terrenos podem ter despertado nosso amor." (p. 193)

Trata-se de uma obra que começa sem maiores pretensões e termina muito bem, convocando os leitores a atentarem para a Caridade como elemento que deve embasar todos os outros amores.

Assim me despeço. Vou mergulhar em outra leitura. Sim, porque ler é viver.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Labirinto

No filme O Labirinto do Fauno, uma pequena garotinha tece para si um mundo de fantasia e de história em que ela é a chave para salvar um reino (ou coisa assim). Um livro mágico, um porta-voz (o fauno) e curiosidade. É tudo o que ela tem. Sua realidade é muito dura e muito sofrida. Sua fantasia é sua salvação, sua alegria. E, como por obra divina, ela, mesmo não conhecendo todos os meandros de sua empreitada, ela segue cada etapa sem medo. Mas há um momento em que nós, espectadores (não ela) pensamos que vamos nos perder, que não há saída. Nesse momento, a protagonista do filme parece perdida por alguns segundos, mas prontamente toma a decisão correta e alcança sua recompensa.

Quando mais pensamos que estamos perdidos é que devemos lembrar:

Tu és o lugar em que me escondo; tu me preservas da angústia; tu me cinges de alegres cantos de livramento. (Selá.)
Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos.

Salmos 32:7-8

segunda-feira, 21 de julho de 2014

O exemplo de Cristo - perdão

Aos 45 minutos do 2º tempo, uma breve reflexão sobre o perdão... Outro dia recebi a sugestão de falar algo sobre o assunto, mas não tinha tido nenhum insight além dos já conhecidos que o valesse. Assim sendo, deixei o tema adormecido em mim até que me dei conta de uma coisa um tanto óbvia. Quando perdoamos alguém, é comum que encontremos várias justificativas para que esta pessoa (ou pessoas) tenha falhado conosco. Dizemos "ela/ele não fez por mal" e levamos em consideração as coisas boas que nos fizeram. Mas Cristo foi além... Perdoou os inimigos. Seus algozes. Perdoou aqueles que intencionalmente quiseram lhe fazer mal e estavam certos disso. O que havia de bom nessas pessoas para dizermos "não foi por mal"? Nada. É aí que reside o perdão...

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Sobre pecado sexual

Nunca vi um assunto tão delicado ser tratado de forma tão lúcida e verdadeira quanto neste vídeo do John Piper. Suas palavras, com certeza, encontram eco em um coração regenerado por Deus. Que Deus o abençoe e lhe dê cada vez mais sabedoria para ministrar a palavra de Deus.





terça-feira, 15 de julho de 2014

Infinitude

"Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor, porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos." (Isaías 55:8-9)

Cá estou depois de mais uma lacuna. É... Nem sempre a gente consegue fazer aquilo a que se propõe. E isso é parte do ser humano, não é "privilégio" de ninguém.

Estou aqui senão para colocar um breve, mas complexo pensamento: o da infinitude. A passagem acima traz um contraste entre os pensamentos do homem e os pensamentos de Deus. Lembram-me uma canção que diz: "E apesar dessa glória que tens/ Tu te importas comigo também". Impossível compreender todos os caminhos e propósitos divinos. Contudo, o exemplo de Cristo nos aponta para a certeza de que Deus é tudo aquilo que seus apóstolos, dentre vários outros autores bíblicos falam: um Deus misericordioso, bom e amoroso. Seja qual for o tempo, que nosso bordão possa ser como o de Jó: 
"Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra" (Jó 19:25).

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Pensando alto

"Wond'ring aloud -
how we feel today.
Last night sipped the sunset -
my hand in her hair.
We are our own saviours
as we start both our hearts beating life
into each other"

Os versos acima são de uma canção que gosto bastante da banda inglesa Jethro Tull. Eles surgiram no final da década de 60, mas seu tempero fazem do som dessa banda algo que ultrapassa o tempo. Afinal de contas, quem pensaria em misturar música celta, flauta transversal com guitarra para fazer rock? Da canção "Wond'ring aloud", encontrei uma versão muito interessante com, aproximadamente, sete minutos de duração, mesclando a delicadeza da versão do CD Aqualung com aquela pitada de rock psicodélico que só a geração de 70 tinha. Sem contar na letra, muito bem construída... Aliás, esta vale uma tradução e uma nova postagem. Quem sabe um dia, né? ;)

Wond'ring aloud, vídeo (abaixo) e letra.





quarta-feira, 9 de julho de 2014

Pra ouvir sem tecla shuffle

Hoje tenho 5 minutinhos. Mas não queria deixar de passar por aqui. Sempre aproveito a hora de me arrumar pra sair, ouvindo uma música. No cardápio de hoje, uma das minhas bandas favoritas: Dave Matthews Band. Boas letras, boas melodias, ritmo cativante. Volto a falar deles por aqui... Por hora, deixo vocês com uma das minhas músicas favoritas. Pra ouvir sem tecla shuffle rs.


Crash into me- DMB


segunda-feira, 7 de julho de 2014

Dez minutos

Faltam apenas dez minutos. Em dez minutos posso fazer alguma coisa...

Dez minutos pra respirar
Dez minutos para escrever
Dez minutos para refletir
Dez minutos para sentir
Dez minutos para orar
Dez minutos para interceder

Pelo Paquistão, pelo Sudão, pela Coréia, por amigos...
Dez minutos contemplativos
Dez minutos para meditação.

Restam dois minutos. Obrigada pela atenção :)

sábado, 5 de julho de 2014

Tempo de luto

Não lembro bem se em Eclesiastes ou em Provérbios, mas em um destes livros o autor fala que há mais sabedoria no luto do que no banquete. E há mesmo. De tempos em tempos, nos vemos em situações limítrofes até tal qual a descrição de Davi: o "vale da sombra da morte". Creio que, precisamente, são nestas situações em que mais aprendemos de Deus. Não que o banquete não nos traga sabedoria, mas o período de provação carrega consigo uma imposição sobre o homem em se sujeitar sem defesas ao seu Criador. Somos confrontados conosco e com nosso modo de pensar, sentir e com nossa conduta. Lembro-me de Jó que, em seu sofrimento, meditou sobre a vida, sobre o perverso e reconheceu o quanto tinha de aprender sobre tudo. Inteligência humilhada. É, precisamente, num período de provação que estamos mais propensos a rever nossos caminhos. Embora doa e pareça, às vezes, insuportável, passado o luto, vemos o quanto crescemos em graça e amor.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

A princesa e a ervilha

Há um conto de fadas que narra a seguinte história: um príncipe queria se casar, mas só aceitava se a candidata fosse uma princesa de verdade. Certo dia, uma moça bate à sua porta pedindo abrigo, dizendo ser uma princesa. Ele, então, comunica o fato à rainha-mãe que, prontamente, teve uma ideia. Ela fez uma cama de vários colchões, cobertas e tudo o mais que pudesse incluir e lá no fundo colocou uma ervilha. Disse ao filho que se ela fosse realmente uma princesa, seria sensível a tal ponto de sentir o caroço de ervilha debaixo de todos aqueles colchões e cobertas. A princesa, sem saber de nada, dormiu no leito preparado pela rainha e, ao amanhecer, acordou com certa dor nas costas. Indagaram-na sobre a causa de sua dor e ela afirmou sentir um pequeno caroço na cama. O príncipe teve, então, a certeza de que precisava e casou-se com a princesa. Termina aí a história.

Que Deus nos torne sensíveis a tal ponto de expurgarmos todos os caroços de ervilha que incomodam.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Horário comercial

Horário comercial. Naquela hora, naquele tempo estarei disponível. Não me ligue um minuto sequer a mais. Não me chame um minuto sequer mais cedo. Estou em off, desligo. Fale comigo (ou com a gravação) das 8h às 17h. Ou então, não fale. Horário comercial. Que é então "horário comercial"? Estou inventando a partir de hoje o "anti-horário (com hífen ou sem, hein? rs) comercial". Funciona assim: amigos muito chegados, emergências de calor humano, ouvido pra desabafar, qualquer horário. Necessidade de colocar suas emoções pra fora, resolver um conflito ou simplesmente vontade de ouvir a voz, qualquer horário. Qualquer outra pessoa para falar de dinheiro, problemas no trabalho, pendengas em geral, fale com a gravação.

Não seria fabuloso? rs