terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Passagem

Último dia do ano, tempo de balanço. Reavaliar o que foi, o que é e propor o que será.
Último dia, último mês, um ciclo que se encerra ou, simplesmente, um dia que se passa. Amanhã, renovação. Dificilmente há quem passe esta transição sem pensar nesta avaliação, neste balanço.
O meu já está há algum tempo habitando minha mente e hoje, confesso, estou mais preocupada com horários. Mas se tem algo que este dia me lembra são dois versículos:

"O que é, já existiu; e o que há de ser, também já existiu; e Deus procura de novo o que já se passou."
(Eclesiastes 3:15)

"Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens."
(1 Coríntios 15:19)

Se 2013 não foi o ano que você esperava, ao menos, foi o ano que Deus nos deu para vivê-lo e nos deu por Sua graça, assim como está nos dando 2014.

Um Feliz Ano Novo!

domingo, 29 de dezembro de 2013

Da inspiração e do sentido da arte

"Certamente, nem toda arte é Deus falando como uma musa inspiradora por meio de um artista. Em vez disso, é a natureza humana que cria. O artista como ser humano não desaparece, deixando a musa inspiradora sozinha falar. Portanto, podemos considerar o seguinte salmo da Septuaginta uma poesia escrita por Davi simplesmente como poesia:

Eu era pequeno entre meus irmãos
E o mais jovem na casa de meu pai.
Cuidava das ovelhas de meu pai.
Minhas mãos formaram um instrumento musical
E meus dedos tocavam o saltério.
E quem dirá ao meu Senhor?
O próprio Senhor, ele mesmo ouve.
Ele enviou o seu anjo
E me tirou das ovelhas de meu pai.
E ele me ungiu com o óleo de sua unção.
Meus irmãos eram belos e altos,
Mas o Senhor não teve prazer neles.
Eu saí ao encontro do filisteu
E ele me amaldiçoou com seus ídolos.
Mas eu desembainhei sua espada e o decapitei
E removi o opróbrio dos filhos de Israel."


(Francis Schaeffer, A Arte e a Bíblia, p. 31-32, grifo meu)

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Offline

Céu azul e brilhante na capital carioca. Passando o dia com os sobrinhos. Vamos à praia, contemplar as belezas que fez o nosso Criador.

Comecei há poucos dias a leitura de A Arte e a Bíblia, do Francis Schaeffer. À medida que a leitura for avançando, venho aqui contar minhas descobertas. Por enquanto, posso dizer que está sendo um presente a leitura. Schaeffer tinha muita razão em criticar o modo como vemos a arte. Seu livro continua atualíssimo (mesmo após décadas).

Um bom fim de semana a todos!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

A menina que roubava livros e o dilema da morte

Estou no finalzinho do livro A menina que roubava livros, saboreando as últimas palavras, esticando-as como se elas fossem chiclete. Pretendo fazer uma breve crítica do livro (vamos ver se terei ânimo), mas por hora, posso falar que o que mais fizeram saltar meus olhos na obra foi a forma como a narrativa é construída, que é, realmente, bonita e o pano de fundo da história: a 2ª Guerra. O livro nos faz lidar com o dilema da morte quase que em todo o momento. Isso me fez lembrar de uma história contada pela Norma Braga, Garfos a postos (lendo, vocês vão entender por quê) e também de um versículo em I Coríntios 15:19 que diz: "Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens".

Que nossa esperança olhe sempre mais adiante, para uma eternidade com Cristo.

sábado, 21 de dezembro de 2013

O pentecostalismo e o estudo teológico

Mais uma boa questão que o livro de McAlister traz à tona:

"Existe uma fatia bastante grande no meio evangélico que rejeita o estudo teológico lançando mão do versículo bíblico que diz que 'a letra mata, mas o Espírito vivifica' (II Co. 5:6). Ou seja, estão pondo a experiência acima do conhecimento teológico. O que o senhor diria para essas pessoas?

É a própria pergunta de Jesus feita aos discípulos: 'Quem os homens dizem que eu sou?' (Mt. 16:13). Mas que Jesus é esse? É o Jesus dos espíritas? Claro que não. Então temos de saber quem é esse Jesus. Pedro responde em nome dos outros: 'Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo' (Mt. 16:16). Essa é uma afirmação de implicações teológicas profundas. Em que qualidade ele é filho? Que Deus é esse? O que significa ser o Cristo? Ignorar as perguntas e ignorar a necessidade das respostas é o cúmulo da irresponsabilidade."

(Walter McAlister, O Fim de uma Era)

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Walter McAlister e o louvor no culto

"O Senhor poderia identificar erros cometidos hoje em dia na liturgia dos cultos?
(...)
A segunda coisa que vejo é que caímos em certos hábitos na hora do louvor. Por exemplo, os pentecostais sempre aplaudem ao final de cada música. Não há espaço para silêncio - aliás, os pentecostais têm pavor de silêncio - e entre as músicas, os dirigentes pecam por uma tagarelice compulsiva, com frases feitas para tentar fazer pontes entre uma música e outra; ou fazem mini-pregações. Esses hábitos acabam dificultando que a pessoa tenha realmente oportunidade de servir bem a Deus." (Walter McAlister, O Fim de uma Era)

Não saberia dizer se acontece só nas igrejas pentecostais. Mas, com certeza, pode-ser dizer que aversão a silêncio e um certo gosto pelo barulho é da cultura brasileira. Cabe ao cristão saber usar qual e qual, pois o objetivo maior do louvor em um culto é a contemplação, adoração a Deus. Daí, penso que cada grupo de louvor deveria se perguntar: como adorar a Deus com a música? Como levar cada membro a contemplá-lo?

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Diálogo interior da morte sobre a morte

"Deus.
Sempre pronuncio esse nome, ao pensar naquilo.
Deus.
Duas vezes, eu repito.
Digo o nome Dele na vã tentativa de compreender. 'Mas não é a sua função compreender.' Essa sou eu respondendo. Deus nunca diz nada. Você acha que é a única pessoa a quem Ele nunca responde?" (Markus Zusak, A menina que roubava livros, p. 306)

Ah, se o autor tivesse lido o livro de Jó... Que resposta encontraria!

domingo, 15 de dezembro de 2013

Gospel na TV

Vi anunciando na TV, num canal de grande projeção, um festival de música gospel. A chamada dizia algo como "mais amor, alegria e fé" e mostrava alguns dos cantores/grupos se apresentando. Mais do mesmo. É uma pasteurização de um modelo tirado da música secular (até aí, entendo... música, cultura e toda essa ligação), mas cadê a criação? Cadê o Evangelho? Uma canção que contenha palavras como "Jesus, salvação, amor" e uma meia dúzia de clichês, não se constitui cristã pelas palavras-chaves que contém ou não. Aliás, o próprio rótulo de "música cristã" é questionável, pois como disse uma vez um cantor cristão no meu Twitter não existe uma "arte cristã", mas artistas cristãos. O que estaríamos divulgando para o Brasil? Gospel, hoje, virou um segmento no mercado musical brasileiro. Parece que tão somente isto.

No mais, deixo com vocês o manifesto do Cante as Escrituras, que é um movimento dedicado à conscientização dos envolvidos com louvor a realizarem uma música biblicamente fiel.

Uma boa semana a todos!

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O Grande Artista

Sem inspiração. Hoje, academia, máquinas e casa. Uma tarde oca me espera.

Com tudo o que está acontecendo, chuvas, fim do ano, época de balanço... Lembro-me da canção do Stênio, Tapeceiro:

Tapeceiro
Grande artista
Vai fazendo o seu trabalho
Incansável, paciente
No seu tear

Tapeceiro
Não se engana
Sabe o fim desde o começo
Trança voltas, mil desvios
Sem perder o fio

Minha vida é obra de tapeçaria
É tecida de cores alegres e vivas
Que fazem contraste no meio das cores
Nubladas e tristes

Se você olha do avesso
Nem imagina o desfecho
No fim das contas
Tudo se explica
Tudo se encaixa
Tudo coopera pro meu bem

Quando se vê pelo lado certo
Muda-se logo a expressão do rosto
Obra de arte pra honra e glória
Do Tapeceiro

Quando se vê pelo lado certo
Todas as cores da minha vida
Dignificam a Jesus Cristo
O Tapeceiro.


É isso. Ele é o Grande Artista que sabe o fim desde o começo. Ele tem cuidado de tudo e é como John Piper disse no seu blog (Desiring God), nenhum sofrimento é sem propósito e em vão.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Notícias

Estive na ultima consulta do ano para verificar como está o transtorno. Tudo caminhando bem. Ainda assim, mantenho as mesmas medicações e dosagens. Mas a ideia, segundo a médica, é que eu fique só com o lítio mesmo. No momento, o que mais me incomoda é o sono, que anda irregular. As manhãs, nem sempre são boas. Uma depressão matinal aqui e ali que dificultam o exercício da minha rotina. Muita coisa a aprender sobre transtorno bipolar, espero, em breve, ter tempo para dedicar a algumas pesquisas.

É isso.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

"O fim de uma era": diálogos possíveis

Car@s,

Terminei a leitura de O Fim de uma Era, do Bispo Walter McAlister. Mal sei por onde começar a falar do livro. Confesso que, por vezes, o autor me surpreendeu. Outras vezes, discordei e me vi em um lugar comum.

O livro, como diz a capa, é "um diálogo crítico, franco e aberto sobre a igreja e o mundo nos dias de hoje". Concordo. Há momentos em que a honestidade do diálogo me surpreendeu e me emocionou. Aqui cabe uma outra confissão: como pertenci a uma Igreja Cristã de Nova Vida a anos atrás (na época, Igreja Pentecostal de Nova Vida, sem divisões), peguei o livro cheia de ideias fechadas e formatadas a respeito do conteúdo. Eu o li, dialogando com o texto e meus preconceitos. Isto posto, consideremos o livro em si.

Quando se escreveu "diálogo" na capa, não entendam por metáfora. O formato da obra é de uma entrevista dividida em dez partes mais as considerações finais do Bispo. Nesta divisão, o livro trata de vários temas que vão da Igreja e sociedade, ao trabalho de um sacerdote (o pastor, por assim dizer), o movimento pentecostal e neopentecostal, família e entra em questões mais polêmicas como homossexualismo, escândalos e teologia da prosperidade (para não citar outros). Basicamente, isto. Foi instigante ler. O autor, uma das figuras mais proeminentes do pentecostalismo brasileiro da atualidade, coloca no texto seus posicionamentos de forma honesta e aberta, sem medo de críticas.

Do que pude perceber, me incomodaram, no entanto, um pano de fundo em particular e algumas intervenções do entrevistador. Explico. Não é ensinada como doutrina na ICNV a "graça comum". Explicando rapidamente, a "graça comum" de Deus é aquela que alcança todos os homens e que, em contraste com a "graça específica" (ou salvadora), faz nascer o sol sobre justos e injustos. Enfim, isso muda radicalmente nosso ponto de vista quanto ao mundo. Nos faz olhar com graça o homem e sua cultura. Longe de dizer que todos os homens são justos e que suas produções constituem obras perfeitas, mas o fato é que isto nos faz olhar os homens de forma diferente da que olharíamos se nos baseássemos pela suas obras somente. Pois bem. Até onde pude observar, há momentos em que fica evidente no livro aquela velha divisão "Igreja" vs. "Mundo" enquanto a complexidade dessa divisão vai além. Como na visão de Pedro com todos aqueles alimentos considerados impuros dispostos em um lençol para que Pedro se alimentasse (Atos 10:9-16). Outro ponto que deixou a desejar diz respeito à participação do entrevistador. Algumas perguntas óbvias demais, deixando passar pontos mais complexos e reveladores. Suas questões ilustram também um modo de ver "preto no branco", talvez por seguir a linha conforme argumentado acima a respeito da graça comum.

Quero destacar, ainda, dois pontos que estão nas considerações finais da obra. Vejamos o que o autor diz sobre a Igreja:

"A Igreja continua sendo serva de sua cultura. Precisamos decretar a independência deste mundo e do sistema mundano e servir a Deus somente; servir a Ele nos parâmetros que Ele define. Isso nos traz o grande desafio, uma espécie de história a mais." (p. 304, grifo meu)

Esse parece ser um dos pontos nevrálgicos do texto: a situação da Igreja na atualidade. Ao meu ver, entender que ela é serva de sua cultura é enxergar só um lado da moeda. Mas talvez, ao encarar a realidade de como vão a maioria das igrejas em relação à pregação do Evangelho, não restem muitas opções sobre o assunto. Ainda assim, é preciso entender que cada igreja está inserida em um contexto cultural e que dialoga com ele. Vale a convocatória do entrevistado aqui para dizer que precisamos servir a Deus "nos parâmetros que Ele define".

Um último trecho que gostaria de destacar trata do que o próprio Bispo fala a respeito de toda sua conversa:

"Não chamo todos para um diálogo comigo. Chamo para um diálogo, primeiro, interior; depois, com a Palavra; e, finalmente, de um com o outro. Será que o que estamos fazendo é certo? Será que o que acreditamos ser certo é certo? Ou será que perdemos o bonde? Para que viver na crista da onda se a onda está indo na direção errada? Tenhamos a coragem de nadar contra a correnteza." (p. 305, grifo meu)

Em consonância com a capa, o livro encerra propondo um diálogo ao leitor. Um diálogo que não se fecha, mas se desdobra em várias outras questões e nos faz perguntar se estamos, como o autor diz, "nadando contra a correnteza" e de acordo com os parâmetros bíblicos. Nos resta mergulhar.









sábado, 7 de dezembro de 2013

Há dias...

Há dias em que o fôlego não vem
Há dias em que o pássaro se debate na gaiola
Há dias em que não há vírgulas ou pausas
Há dias em que o grito implode no pensamento
Há dias em que a mente é um cavalo indomado

(...)

Há dias em que o coração sufoca por dentro
Há dias em que uma hemorragia interna nos afoga
Há dias em que uma poeira ao vento é mais preciosa
Há dias em que as cores se suicidam
Há dias em que nada, nenhum silêncio conforta


Em todos estes dias: "Porque há esperança para a árvore, que, se for cortada, ainda torne a brotar, e que não cessem seus renovos" (Jó 14:7)

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Da profundidade do coração humano

Pensando sobre o coração do homem, quero me deter na seguinte citação:

"Quem pode mapear as forças que agem na alma? O homem é uma profundeza, Senhor. O número de cabelos na sua cabeça é, em muito, mais fácil de contar do que seus sentimentos e as correntezas do seu coração." (Santo Agostinho)

Daí, penso: a terapia é um trabalho impossível. Nem por isso dispensável, é verdade, mas, com certeza, impossível. Estaríamos perdidos se ninguém houvesse que pudesse mapear o coração humano. Então, lembro do salmo 139:

"Senhor, tu me sondas e me conheces.
Sabes quando me sento e quando me levanto; de longe percebes os meus pensamentos.
Sabes muito bem quando trabalho e quando descanso; todos os meus caminhos te são bem conhecidos."
(Salmos 139:1-3 e por aí vai)

O homem é, sim, uma profundeza, mas que, para a nossa alegria, Deus conhece. É como li em um texto sobre aconselhamento bíblico para bipolares, se o bipolar é aquele que amplifica os sentimentos humanos, Jesus é a resposta para esse coração, para esse coração indomado.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Sola Escriptura

Cada vez que me deparo com Stott, acho-o imprescindível no nosso contexto. Olha que relevante:

"Algumas formas de misticismo têm crescido no meio da igreja, introduzindo novas formas mais sutis de idolatria, produzindo um esvaziamento da dimensão ética da fé, que é substituída por rituais mágicos para lidar com a realidade. Os que antes eram conhecidos como o povo do Livro agora se veem numa postura que confunde livre acesso à Escritura com livre interpretação da Escritura." (Crer é também pensar, p. 11, grifo meu)

Vejo aqui uma descrição exata do que acontece em várias igrejas neopentecostais. Vejo multiplicar o que chamaria de "patuá gospel" em detrimento de uma crença sólida nas Escrituras e tão nelas somente. Chega de subterfúgios heréticos. Sola Escriptura.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Um bom dia

Hoje passei o dia com uma amiga. Amei a companhia. Nos encontramos na igreja, demos um pulinho na minha casa e depois fomos a um shopping almoçar. Comida árabe. Em suma, foi uma manhã e tarde super especial. O que ficou disso tudo? Dentre tantas conversas, ficou aquele versículo de ICoríntios 15:19: "Se nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes dentre os homens". É isso, entender que temos a eternidade pela frente, que é maravilhoso viver momentos como esse, mas entender que teremos muito mais alegrias na vida por vir. A sobremesa sempre vem depois. Imagina quão bom será!

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

McAlister, Stott e Pedro

Acredito já ter falado aqui sobre o livro O fim de uma era, do bispo Walter McAlister. Posso falar melhor dele quando terminar a leitura (o que está perto), mas, nas minhas devocionais, me deparei com uma passagem em Pedro que me lembrou em muito o livro e também o Crer é também pensar, do John Stott. Ei-la:

"Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,
Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo." (1 Pedro 3:15-16, grifo meu)

Praticamente nascida na Nova Vida (na época Igreja Pentecostal de Nova Vida), talvez seja exatamente por isso que hoje, eu tenha optado por uma igreja, digamos, mais tradicional. Mas esse não é o ponto. O ponto é que, ao contrário do que já ouvi de muitos pentecostais, inclusive de lá e, de acordo com o que argumenta John Stott em seu livro Crer é também pensar e os versículos acima, estou tendo uma agradável surpresa em O fim de uma era, pois tenho visto posicionamentos sólidos e bem argumentados de acordo com a palavra. Tenho lá minhas discordâncias, mas, no geral, o autor nos tira a impressão errônea de que todo pentecostal esquece-se de usar a razão, de submeter a mente a Deus em detrimento de uma experiência subjetiva.

Enquanto isso, sigo a leitura, aguardando mais coisas boas. Volto aqui pra contar. Fico devendo.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Os josés

Confesso, tenho dificuldades em falar de política. Primeiro, porque não é um assunto do qual eu entenda. Segundo, porque tenho aversão à burocracia. Mas sou eleitora, então... O mínimo é preciso saber.

Estava assistindo a um telejornal hoje e, novamente, na pauta estavam os "josés": Genoino e Dirceu. Pelo que entendi, estão decidindo ainda sobre a ida de Genoino à Penitenciária devido à sua cardiopatia, que segundo constatado, não é grave. Agora, o que mais me chocou, foi saber que José Dirceu vai assinar carteira pra trabalhar como gerente de hotel, ganhando 20 mil quando a a gerente geral do mesmo hotel, contratada ano passado não ganha na carteira nem 10% do que Dirceu ganhará (o salário dela, mais precisamente, é de 1.8 mil reais). É isso mesmo??!! O cara rouba descaradamente, é, finalmente julgado, condenado e ainda ganha uma mamata dessas??!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Socorro

"A ciência, como todas as coisas humanas, procede em ajustes e recomeços, com correções do percurso no caminho para o seu destino" (Sam R. William, tradução minha)

Hoje acredito que estou com o pé no salmo 77. Mas é assim. Um dia estamos saltitando, outros... Falta fôlego. Acredito que se deve, particularmente, a uma noite de sono mal dormida. Mas em tudo, isso me lembrou uma postagem de uma amiga sobre certeza emocional, onde ela diz:

"Precisamos não nos conformar com um simples assentimento das verdades da Escritura, mas pedir a Deus que elas se tornem parte de nós, acessíveis no mais recôndito da alma, para que sobrevivamos no dia mau." (Norma Braga, para ler a postagem completa clique aqui)

Por isso entendo, como diz o salmista, que o Senhor é quem nos guarda (Sl. 121: 5), é ele quem nos protegerá de todo mal, quem protegerá nossas vidas (Sl. 121). É preciso que essas verdades façam parte de nós, que compreendamos que o nosso socorro vem do Senhor:

"Elevo os meus olhos para os montes; de onde me vem o socorro?
O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra."  (Salmos 121:1-2)

Que bom ter um socorro.

sábado, 23 de novembro de 2013

Do sucesso

Há algumas semanas, recebi pelo Twitter uma atualização celebrando um ano do documentário Ministérios Fracassados. Achei o nome, no mínimo, provocativo até mesmo por conhecer a fonte e na mesma hora conferi o vídeo. Com mais tempo, dias depois, assisti ao documentário.

Apesar de ser um doc que fale muito diretamente a lideranças e àqueles que desenvolvem algum tipo de ministério, eu recomendaria a todos assistirem por uma razão especial: põe a prova nosso conceito de "sucesso". Em uma época neoliberalista de incentivo contundente a um consumo desenfreado, é mais que tempo de parar para analisar que conceito de sucesso estamos aplicando às nossas vidas e qual é a proposta bíblica.

O documentário está baseado em alguns ministérios que, à vista de um conceito mundano, seriam considerados fracassados. Temos muito a aprender com todas as histórias. Sugiro que se programem para 1h 19min, pois esse é o tempo do vídeo. Aqui está o link.




quinta-feira, 21 de novembro de 2013

"Música gospel" X "música secular"

"Não vos enganeis, meus amados irmãos. Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança" (Tiago 1:16-17)

Hoje fui conferir o projeto Música no Museu no Real Gabinete Português de Leitura (RJ). Lugar lindo, música linda! Fiquei a pensar em uma distinção que há séculos é feita no meio evangélico: "música gospel" X "música secular". Ao meu ver, o que existe é exatamente o que está no versículo acima. E ponto.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Diálogos

Nunca havia notado, mas olha que diálogo lindo se dá entre Isaías

"Mas agora assim diz o Senhor, aquele que o criou, ó Jacó, aquele que o formou, ó Israel: "Não tema, pois eu o resgatei; eu o chamei pelo nome; você é meu.
Quando você atravessar as águas, eu estarei com você; e, quando você atravessar os rios, eles não o encobrirão. Quando você andar através do fogo, você não se queimará; as chamas não o deixarão em brasas." (Isaías 43:1-2, grifo meu)

e 2 Coríntios:

"De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados;
somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos.
" (2 Coríntios 4:8-9, grifo meu)

Bom é ter um porto seguro, abrigo e refúgio como canta o salmista: "Elevo os meus olhos para o monte, de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra." (Sl. 121).

domingo, 17 de novembro de 2013

Travessia

"Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens" (I Coríntios 15:19)

Estamos mal acostumados. Se o computador não responde na hora que queremos, o ônibus não vem logo, se algo não está pronto na hora quase que exata em que a demanda aparece... É razão para a ansiedade bater à porta, para reelaborarmos nossos planos, para buscarmos soluções mais imediatas.

Outro dia conversava com uma amiga e ela dizia sobre a geração nascida nos anos 90, que estão com dificuldades para optarem por uma carreira e sobre como estão com dificuldades para elaborações. Falta-lhes paciência.

Toda a vez que penso neste versículo de I Co. 15, eu penso no quanto ainda estamos arraigados a esta vida e de como deixamos de fora a visão da eternidade. É como outra amiga escreveu no seu blog, precisamos estar de "garfos à postos", pois o melhor ainda está por vir, a sobremesa ainda está por vir.

Penso que estamos em uma jornada, como diz a descrição desse blog, uma travessia por desertos e campinas. A paisagem pode ser ora árida e hostil, mas pode ser também uma campina, um vale. O que importa é que nos dois momentos nossa esperança em Cristo não se limite apenas a esta vida.



sexta-feira, 15 de novembro de 2013

A última crônica - ainda em Nárnia

"E, à medida que Ele falava, já não lhes parecia mais um leão. E as coisas que começaram a acontecer a partir daquele momento eram tão lindas e grandiosas que não consigo descrevê-las"
(C. S. Lewis em Crônicas de Nárnia)

Sabe um filme que a gente vê e o filme termina, mas continua reverberando em nosso coração e mente? Assim é com Crônicas de Nárnia. Escrevi aqui sobre o livro algumas vezes e sobre uma das minhas crônicas favoritas, A Cadeira de Prata. Descobri que a última crônica é tão surpreendente quanto. Fez lembrar, como o nome deste blog, nosso próprio caminhar enquanto peregrinos nesta terra. É isto. Concordo com Lewis: a melhor parte da nossa história ainda está por ser escrita, quando, finalmente, estivermos face a face com o Leão, com Aquele que é a razão do existir, Aquele que estabeleceu as bases deste mundo, com o Cordeiro de Deus.


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Salmo 77

Caro(a) leitor(a),

Já falei aqui sobre a música e os estados da alma. Assunto que dá pano pra manga. Lembro de assistir um documentário, se não me engano, chamava-se "Tales of music and the brain" do Oliver Sacks que, dentre outras coisas interessantes, falava que a música é uma das poucas coisas que faz nosso cérebro se conectar por inteiro. Ela provoca uma intensa atividade cerebral.

Mas isso tudo é pra dizer que hoje sinto-me fatigada, desanimada e sem fôlego para maiores elaborações. Falei aqui do salmo 88, que acho uma descrição excelente de depressão. Graças a Deus, não me encontro nele. Hoje estou no salmo 77. Segue um trecho:

"Quando estou angustiado, busco o Senhor; de noite estendo as mãos sem cessar; a minha alma está inconsolável!
Lembro-me de ti, ó Deus, e suspiro; começo a meditar, e o meu espírito desfalece. Pausa
Não me permites fechar os olhos; tão inquieto estou que não consigo falar.
Fico a pensar nos dias que se foram, nos anos há muito passados;
de noite recordo minhas canções. O meu coração medita, e o meu espírito pergunta:
"Irá o Senhor rejeitar-nos para sempre? Jamais tornará a mostrar-nos o seu favor?" (1-7)

Se parasse por aqui... Seria completo o meu desespero. Contudo, o salmista observa:
"Teus caminhos, ó Deus, são santos. Que deus é tão grande como o nosso Deus?
Tu és o Deus que realiza milagres; mostras o teu poder entre os povos." (13-14)

Que toda dor, tristeza e desespero sejam levados perante Deus.
Clamo a Deus por socorro; clamo a Deus que me escute.
Quando estou angustiado, busco o Senhor; de noite estendo as mãos sem cessar; a minha alma está inconsolável!
Lembro-me de ti, ó Deus, e suspiro; começo a meditar, e o meu espírito desfalece. Pausa
Não me permites fechar os olhos; tão inquieto estou que não consigo falar.
Fico a pensar nos dias que se foram, nos anos há muito passados;
de noite recordo minhas canções. O meu coração medita, e o meu espírito pergunta:
"Irá o Senhor rejeitar-nos para sempre? Jamais tornará a mostrar-nos o seu favor?

Salmos 77:1-7

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Música no museu

Neste fim de semana, tive a oportunidade de ver uma exposição e assistir a um concerto. Um duo de flauta e violão. Descobri no balcão de informações do lugar que está acontecendo o projeto Música no Museu. É claro que vou conferir, ao menos, um dos concertos. O evento é gratuito e a música é de alta qualidade. O repertório vai desde o clássico à Jacob do Bandolim e Gershwin. Destaque para os compositores brasileiros, como o tarimbado Villa-Lobos. Indico, especialmente, a apresentação do dia 15/11 com o clarinetista Adilson Alves e o pianista João Carlos Assis Brasil.

Então, ótima forma de se tratar a alma... Afinal, "cantando eu mando a tristeza embora" ;)





sábado, 9 de novembro de 2013

Da música e os estados da alma

Enquanto escrevo esta postagem, ouço Stênio Marcius e me pego pensando no efeito da música sobre os estados da alma. Acordei até bem para uma semana em que vinha de uma depressão matinal frequente que, por vezes, perdurava quase o dia todo. Hoje estou no salmo 4, mas houve momentos em que passei pelo salmo 88. Segue um trecho do capítulo:

"Senhor Deus da minha salvação, diante de ti tenho clamado de dia e de noite.
Chegue a minha oração perante a tua face, inclina os teus ouvidos ao meu clamor;
Porque a minha alma está cheia de angústia, e a minha vida se aproxima da sepultura.
Estou contado com aqueles que descem ao abismo; estou como homem sem forças,
Livre entre os mortos, como os feridos de morte que jazem na sepultura, dos quais te não lembras mais, e estão cortados da tua mão." Salmos 88:1-5

Considero esse salmo uma descrição perfeita de depressão. Impressiona-me, toda a vez que o leio, a profundidade com a qual o salmista externa seu estado de alma. É um lamento que dirige a Deus, uma descrição detalhada do quão triste e miserável sua alma está. Penso que, por pior que fosse seu estado, ele se sentiu melhor ao compor este salmo. Deus nos deu a música e com ela recursos para trabalharmos nossas feridas e dores.

Lembro-me que no início do transtorno, eu não conseguia ouvir certos tipos de música. Aliás, mal conseguia ouvir música por causa das lembranças que me causava. Mas à medida que o tratamento foi fazendo efeito, fui descobrindo nela uma poderosa aliada. Por isso importava o que ouvir e como ouvir. Tem funcionado. Espero, em breve estar no salmo 23 novamente, pois como diz em Isaías:

"Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti." (Isaías 43:2).
SENHOR Deus da minha salvação, diante de ti tenho clamado de dia e de noite.
Chegue a minha oração perante a tua face, inclina os teus ouvidos ao meu clamor;
Porque a minha alma está cheia de angústia, e a minha vida se aproxima da sepultura.
Estou contado com aqueles que descem ao abismo; estou como homem sem forças,
Livre entre os mortos, como os feridos de morte que jazem na sepultura, dos quais te não lembras mais, e estão cortados da tua mão.
Puseste-me no abismo mais profundo, em trevas e nas profundezas.

Salmos 88:1-6
SENHOR Deus da minha salvação, diante de ti tenho clamado de dia e de noite.
Chegue a minha oração perante a tua face, inclina os teus ouvidos ao meu clamor;
Porque a minha alma está cheia de angústia, e a minha vida se aproxima da sepultura.
Estou contado com aqueles que descem ao abismo; estou como homem sem forças,
Livre entre os mortos, como os feridos de morte que jazem na sepultura, dos quais te não lembras mais, e estão cortados da tua mão.
Puseste-me no abismo mais profundo, em trevas e nas profundezas.

Salmos 88:1-6

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Cristo e A Cadeira de Prata

Recentemente, li A cadeira de prata, que é a penúltima de As crônicas de Nárnia. Nesta, como nas outras, há a presença de crianças da Terra. O enredo trata de um príncipe desaparecido que as tais crianças vão ajudar a encontrar.

Pois bem. Jill e Eustáquio (as crianças) conseguem encontrar o príncipe desaparecido, mas que está sob encantamento de uma lindíssima dama que é, na verdade, uma feiticeira e ora se transforma em uma serpente perigosíssima. Quando o livro caminha para a resolução, em uma das cenas, o príncipe (sob sua forma encantada) conta às crianças que está prestes a ter um ataque e que eles não devem desamarrá-lo sob qualquer condição. Durante o ataque o príncipe era amarrado em uma cadeira de prata. Era neste momento, durante o ataque, que o príncipe se via livre do encantamento. Justamente quando estava preso.

Acho esta cena riquíssima em elementos, em sua simbologia, mas uma coisa, em especial, me chama atenção: a cadeira de prata, que é também o nome da crônica. A cadeira é onde o príncipe se mantém preso, mas também é sentado nela que ele tem lucidez.

Voltando à cena, o príncipe é liberto ao pedir às crianças que o soltem "por Aslam". Para quem leu uma das crônicas ou todas elas, Aslam é o próprio Cristo.

Penso que todos nós já passamos por períodos de "encantamento", de dormência dos quais precisamos ser libertos. E corremos pra Cristo, que é quem nos livrou das amarras do pecado e da escravidão. E penso também na cadeira de prata de Lewis. Entendo-a como um lugar de lucidez, um lugar de consciência real. Mesmo estando preso por cordas, o príncipe estava livre, pois era naquele momento que ele podia ser ele mesmo. Assim, nós. Em Cristo, nos conhecemos. Nele somos nós mesmos e Nele somos livres.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Miscelânea

Hoje tive de postar de outro navegador. Há algo de podre no reino do meu notebook. Vírus. Bem, não importa. O que importa é que estou conseguindo escrever agora e tenho uma informação importante tanto para quem está passando pela fase depressiva do transtorno bipolar quanto para os que estão sofrendo com depressão. A luz do sol! Isso mesmo, a luz do sol, além da vitamina D, é um poderoso aliado contra a depressão.

No mais, almoço com papai. Cardápio: Carmen de Bizet ;)


domingo, 3 de novembro de 2013

Pi e Richard Parker

Mencionei aqui que estou lendo alguns textos de aconselhamento bíblico sobre transtorno bipolar. Tenho descoberto um oásis neles. Tenho visto como a Bíblia tem recursos para um coração instável e carente da graça de Deus, pois como diz em um dos textos o TB "revela e amplifica uma luta primária que é encontrada em todo coração humano" (tradução minha de Sam R. Williams).

Ontem, novamente, assisti Pi. Novamente, me encantei com a fotografia do filme e as reflexões que o filme provoca e lembrei dos tais textos de aconselhamento. Um dos textos afirma que "Jesus é a resposta para o coração indomado" e lembrei de As aventuras de Pi. No filme, Pi sobre um naufrágio e se vê num barco com um tigre. Dentre tantas dificuldades, talvez a maior delas seja lidar com o tigre até que chega o momento em que Pi entende que se precisar lutar para sobreviver naquela situação, precisava domar o tigre. E ele o faz. Não sem esforço, perspicácia, lutando contra seus próprios medos, mas Richard Parker (esse era o nome da fera) aprende a respeitar Pi. E isso traz segurança, calma para Pi.

Para aquele que tem TB  ou quem não tem, o importante é que conheçamos quais os tigres temos dentro de nós. Daí, retomo a frase: "Jesus é a resposta para o coração indomado". Jesus é a resposta para o coração que se descontrola, que se põe em risco de vida. E, assim como Pi domou Richard Parker, Cristo pode estabilizar nosso coração, trazendo-nos paz e esperança.


sábado, 2 de novembro de 2013

Ontem que passou

Passou. O tempo voou. Esqueci. Rotina que se desfez.

Recomeço. Dia 2, dia par. Tempo apressado. Como pernas que correm.

Aperto start. Dia que começa. Final de semana. Tempo. Olha ele de novo querendo correr.

Como um aperitivo, algumas palavras. Amanhã, retorno. Mais palavras, outros significados.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Stênio e a beleza do Rei

Cada vez que ouço Stênio Marcius fico mais encantada. Pela riqueza de suas letras, pela complexidade de suas melodias e harmonias, sem falar nas imagens que evocam o conjunto desses elementos. São canções que nos transportam para um Brasil de natureza exuberante, para os igarapés do norte do país. A obra de Sténio não nos deixa com outra alternativa que não seja a contemplação. Contemplar um Deus belo em Sua santidade, como o próprio Stênio compôs: "canto a beleza do Rei".

Vou deixar aqui, evidentemente, uma amostra, dificílima de escolher, pois todas as canções são belas. Esta aqui selecionei por ser uma canção chave na minha história, quando ainda não tinha diagnosticado o transtorno, mas ele já estava se manifestando e deixando meus dias mais sombrios. E naquele período pude experimentar de forma marcante o quanto a música tem efeito terapêutico sobre nós (doentes ou não).  Que vocês se deleitem com música de Stênio.



terça-feira, 29 de outubro de 2013

Viva e eficaz

Acredito que já comentei aqui que estou lendo um material sobre transtorno bipolar. Na verdade, trata-se de alguns textos que uma amiga me deu e foram parte do conteúdo do curso que ela fez de aconselhamento bíblico. Estou me encantando com o material. Como diz em um dos textos, "Jesus é a resposta para um coração indomado" (tradução minha).

Pois então, pensando nisso, compreendi que a Bíblia realmente tem todos os recursos necessários para aconselhar um coração instável, não só para os bipolares, mas também para os depressivos, para os que têm TOC e para os que têm toda sorte de problema da psiquê, "pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração" (Hb. 4:12, NVI). Através da leitura bíblica, é possível não só diagnosticar, mas tratar a ferida que nos atinge.

Além disso, sabemos que do coração procedem as fontes da vida (Pv. 4:23). Daí, a importância de nos alimentarmos de tudo o que é puro, respeitável, amável, enfim, de tudo o que é virtuoso (Fp.4:8) e renovarmos nossas mentes (Rm. 12:2).

Se, por um lado, TB não tem cura (pelo menos, para a medicina), por outro, temos, na luta contra a doença, um elemento chave, que é a Bíblia. Ainda que você não tenha quem o aconselhe, faço um convite de leitura da palavra e estou certa de que você descobrirá muitas riquezas.

domingo, 27 de outubro de 2013

Encontros da vida

Igreja. Almoço. Passeio na praia e mais visita. No meio disso tudo, encontrar um tempinho pra blogar. Passei o dia em ótima companhia. Vejam vocês que na igreja que eu vou reencontrei minha ex-professora de canto lírico, que está aqui, inclusive, narrando o enredo da ópera cujo trecho vocês vão logo assistir. Uma boa semana a todos!



sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Transtorno Bipolar na Internet

Passei um tempinho hoje fazendo uma pequena pesquisa sobre o Transtorno Bipolar (TB) na internet. Achei poucos blogs com relatos interessantes. Mas blogosfera à parte, encontrei o site da Associação Brasileira de Transtorno Bipolar, que tem uma boa base de dados e informações mais elementares também, como o que é TB.

Dos relatos, destaco um que se chama Transtorno Afetivo Bipolar (TAB). Trata-se do relato de um bipolar dependente químico. o que é um agravante e tanto para a bipolaridade. Vale a pena uma vasculhada também no site da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), afinal, quem convive com um bipolar sabe que pode ser bem complicado, às vezes.

Por hora é só. Fico devendo minha definição do que seja o transtorno e, no percurso das minhas escrevinhanças, minha experiência com o assunto.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Pregação neopentecostal

A postagem de hoje é para divulgar algo que, penso eu, é urgente que venha à baila. Trata-se dos erros cometidos pela maioria das pregações neopentecostais. Mas faço coro com um dos comentaristas do texto: não quer dizer que todos usem das mesmas técnicas de pregação, ainda assim, acredito que o artigo do Pr. Renato Vargens é acertado, pois aborda um problema sistêmico, de abrangência nacional e, até onde percebi, os principais pregadores da TV incorrem nos erros descritos, distorcendo o Evangelho e aí, é uma questão de ética trazer o problema à tona e o autor faz isso muito bem. Para ler é só clicar aqui.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Mais Crônicas de Nárnia

De novo, o dilema da página em branco. Mas hoje, gostaria de repetir a dose e falar novamente sobre As Crônicas de Nárnia e da escrita. Estou na crônica A Cadeira de Prata. É incrível como a fluidez de Lewis nos leva a percorrer outros mundos. Nessa crônica não temos mais a presença dos quatro irmãos Pevensie que fizeram sucesso na primeira versão cinematográfica, temos o primo deles. E, como sempre, o principal elemento das crônicas, o Leão, que aparece logo de início.

O tema central é o desaparecimento do príncipe herdeiro de Caspian X (o "Príncipe Caspian" das outras histórias). Dois humanos são incumbidos por Aslam de encontrar o tal príncipe desaparecido - Eustáquio (A Viagem do Peregrino da Alvorada) e Jill. Estou no começo e já promete ser mais uma ótima história. Não parece que há pessoas especialmente dotadas de um talento que só Deus pode dar?

sábado, 19 de outubro de 2013

Mais um sábado

Chegar aqui sem uma ideia na manga é... Complicado. Mas como hoje é dia ímpar, não quero deixar passar a tradição.

Hoje foi quase outra daquelas tardes de sábado não fosse uma ida ao mercado no fim de tarde. Ok. Ida ao mercado não é programa, mas quando se para a cada 2 minutos na ida para responder uma mensagem de texto de uma amiga e quando se começa a discutir política com a companhia (no caso, minha mãe), a coisa fica mais interessante.

As mensagens de texto recheadas de reflexões teológicas em meio ao barulho e a poeira (meu bairro, graças à Copa, virou um canteiro de obras) me fizeram lembrar do meu último mês em Vitória da Conquista (sudoeste da Bahia). Tempo de muitas experiências com Deus e de muito crescimento.

Por fim, chego em casa para checar os e-mails e me deparo com uma linda mensagem de uma amiga que não escreve há tempos. Aquela surpresa! Muito agradável mesmo.

Agora, me despeço, pois as leituras são várias e o tempo curtíssimo. Amanhã, na Escola Bíblica seguimos com os estudos de Daniel e precisa sobrar uns minutinhos pra leitura de Crônicas de Nárnia. Agora já estou em A cadeira de prata. Au revoir!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Boa notícia

Hoje por dois motivos não poderia deixar de passar por aqui. O primeiro, não sei se alguém já notou, é hábito meu escrever nos dias ímpares. O segundo é pra contar uma boa notícia. Se estivesse com mais tempo, escreveria um relato mais acurado, mas vou direto ao ponto. Hoje fui à psiquiatra e ela reduziu mais uma vez minha dosagem de risperidona e eliminou outra medicação*. Saí de lá tão feliz que mesmo as 4 horas de espera e o engarrafamento na volta pra casa não me aborreceram. Vejo Deus, com mão cuidadosa, agir em tudo. A Seu tempo, outras coisas serão restabelecidas. Soli Deo Gloria.

*Risperidona é o medicamento, digamos, principal para o transtorno bipolar. A outra medicação foi o Akineton, que tem a função de combater os efeitos colaterais da risperidona. Como a dosagem de risperidona é muito baixa, não precisarei mais do Akineton :)

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Uma pequena homenagem

Como professora, não podia deixar de postar algo sobre o dia. Então vou contar aqui uma experiência minha em sala de aula do que penso ser uma das coisas mais recompensadoras na profissão. Tentarei ser concisa o suficiente.

A turma era de uma escola bilíngue, de ensino médio (acredito que 10º ano). A matéria era Literatura Brasileira e a turma era mista: brasileiros e estrangeiros. Eu estava contando a história de O Guarani de José de Alencar. À medida que eu contava, perguntas iam surgindo e a turma foi ficando mais envolvida no assunto (que antes, julgaram muito chato) até que cheguei na parte da história em que Peri se envenena para lutar com os aimorés e assim, matar também os inimigos que o devorassem (pois os aimorés eram antropofágicos), daí, fui interrompida:
- Caraca, professora! Esse cara fez isso (se envenenou)? Ele é meu herói!
E assim, aquele que menos gostava de literatura passou a ir mais animado para as aulas.

Parabéns a todos aqueles que colecionam histórias sobre o ofício do magistério e que, apesar da muita labuta, não se renderam.

Feliz Dia dos Mestres!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Lang Lang e Tchaikovsky

No sábado passei um tempo ouvindo música clássica com meu pai. Aliás, foi ele quem me ensinou a gostar do gênero. Lembro que na minha infância, ele ouvia muito Beethoven e Tchaikovsky e dele fazer gestos imitando um maestro, o  que me fazia rir bastante. Daí, ficou o interesse. Meus favoritos Tchaikovsky e Mahler.

Pouco depois de diagnosticado o transtorno bipolar, eu não conseguia mais nem sonhar com música clássica, que dirá ouvir, porque trazia-me muitas lembranças. Nem clássico, nem jazz. Hoje estou eu aqui ouvindo Tchaikovsky lindamente executado pelo pianista chinês Lang Lang. Pra quem assistiu "O lado bom da vida", era uma repulsa parecida com a que o protagonista sentia ao ouvir uma determinada música.

Mas... Enfim, volto aos clássicos e às minhas origens. A lembrança de ter um pai que amava música de câmara é mais forte que qualquer outra e, nessa, eu descobri Lang Lang. Deixo com vocês uma amostra. Espero que apreciem.


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Música cristã contemporânea

Há algum tempo existe um movimento de se fazer MPB na música evangélica. Exemplo disso é o Vencedores por Cristo, grupo Semente, dentre outros. Acredito que essa tenha sido uma tendência que foi sufocada durante um tempo, mas depois voltou com muito mais força.

Hoje em dia há várias opções pra quem deseja ouvir uma música de boa qualidade e com conteúdos que fogem do "mantra gospel". Além dos remanescentes como João Alexandre, estão surgindo outros cantores e cantoras que primam por uma música com conteúdo mas genuinamente bíblico (e aqui aproveito para dizer o que ouvi de um pastor e concordo plenamente: púlpito fraco, música fraca).

Quero deixar aqui duas dicas que considero ótimas: programas Plataforma e Autorretrato. Fico devendo falar sobre os artistas individualmente. E um bom feriado a todos!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Excepcionalmente

Nota de falecimento: matei hoje, acidentalmente, todas as mensagens na caixa de entrada do meu celular. Foram-se todas as lindas mensagens de incentivo, as mensagens de parabéns, as conversas, divagações... Enfim, todas. Fiquei triste. Leva tempo para se construir uma caixa de mensagens como a que perdi.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Filipenses 4

Se tem um texto que parece ter sido muito deturpado ou simplesmente extirpado dos púlpitos dominicais é Filipenses 4. Pudera... Neste capítulo, Paulo fala num evangelho que vai na contramão da Teologia da Prosperidade e é o oposto das pregações hedonistas, antropocêntricas e pós-modernistas que se assistem nas tardes na TV. "Tudo posso naquele que me fortalece", vemos em vários carros. Mas esqueceram de dizer que antes disso Paulo escreve: "Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez;" e só então... SÓ ENTÃO diz o que, infelizmente, virou o bordão da prosperidade.

Mas, sim, podemos tudo naquele que nos fortalece, Cristo. Podemos enfrentar tribulações, provações ou períodos de bonança e abundância. Podemos porque Cristo nos fortalece. Podemos cumprir nossa missão aqui na terra, que é glorificar a Deus.

Pois é... E sabe aquela história de "na saúde ou na doença, na pobreza ou na riqueza" etc e tal? Quando conhecemos a Cristo é esse o compromisso que devemos assumir. A analogia de Cristo e a Igreja com o noivo e a noiva não é à toa e faz muito sentido. Pensando desse modo, será que vivemos  sob estes parâmetros? Será que o adoramos e o glorificamos quando estamos em tempos de vacas magras? Entendemos como o apóstolo Paulo que adorava a Deus mesmo encarcerado?

Minha oração é que a Igreja atual compreenda isso e entenda, como foi muito bem colocado pelo Pr. Renato Vargens em sua pregação, que adoração a Deus extrapola o período de louvor das igrejas, sendo uma atitude integral do cristão.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Crônicas de Nárnia

Estou lendo As Crônicas de Nárnia, mais precisamente, a crônica A Viagem do Peregrino da Alvorada. É impressionante o quanto C. S. Lewis nos envolve em suas fantasias e nos fala através de muitas metáforas e alegorias sobre o relacionamento do homem com Deus. É uma leitura leve, prazerosa. Recomendo, sobretudo pra quem já viu o filme. Volto por aqui para comentar mais a respeito.

sábado, 5 de outubro de 2013

Tardes de sábado

De todos os dias da semana, pra mim, o mais entediante é o sábado. Programação da TV ruim, sem companhia para sair (ok, há exceções), sem dinheiro... Enfim, um tédio só. Tenho muito o que ler e sei que posso aproveitar o tempo aqui, escrevendo também, mas chega uma hora que a gente cansa.

Uma das coisas que mais me alegram é a leitura, mas agora descobri que nem isso dá pra fazer a qualquer hora. Dois dos remédios que tomo afetam a visão, vi nas respectivas bulas (sim, eu leio bula de remédio). Consigo ler melhor lá pro final da tarde/ início da noite. Mas até lá...

Vou ficando por aqui... Uma das exceções aconteceu: vou visitar uma amiga que está bem próxima. Um ótimo fim de semana a todos!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Cultura e Evangelho: o lugar da cultura no plano de Deus

Cultura e Evangelho é um daqueles livros cujo título aguça a expectativa do leitor. Resultado de uma série de conferências feitas pelo autor, Justo González, o livro nos dá a oportunidade de adentrar a intersecção entre antropologia e teologia ou, nos termos do livro, cultura e evangelho. A obra tem seus créditos muito por introduzir determinadas questões pertinentes ao tema missões, mas não só isso: por trazer à tona questões a partir da própria experiência do autor (um protestante em Cuba).
            
Uma das primeiras questões que se coloca no livro é a de como ser cristão em uma dada cultura. Ora, se somos cristãos, nós o somos sem deixar de sermos brasileiros, norte-americanos, franceses e por aí vai. O ponto aqui – e que transparece não só nesta parte, mas em outros trechos do livro – é o conceito de cultura com o qual o autor trabalha.  Trata-se de um conceito de cultura um tanto estático e, ao mesmo tempo, difuso. Para o autor, cultura tem uma dimensão externa e outra interna, sendo externa a relação do homem com o seu meio ambiente e interna a relação do homem entre si. Já o título em espanhol aponta para o conteúdo do livro de forma mais ampla: Culto, cultura y cultivo, incluindo a dimensão da fé e do rito (culto).

O primeiro capítulo do livro trata sobre fé e cultura e traz uma discussão muito interessante, nas palavras do autor:
Seria possível ser evangélico plenamente, tão evangélico quanto qualquer um dos missionários que vinham da América do Norte, e ao mesmo tempo ser plenamente latino-americano, tão latino-americano quanto qualquer um? (p. 28)[1]

É possível ser este o maior mérito do livro: trazer esta e outras questões importantes à baila. Quanto à primeira e talvez mais central, lembro-me de ter lido alguns trechos de um livro chamado Religião como tradução, cuja principal tese enriqueceria e muito as respostas de González, pois no livro de Cristina Pompa[2], o que aconteceu nas missões jesuíticas não foi uma simples imposição da religião católica aos índios, mas uma tradução de ambas as partes que resultou na catequese indígena.
Outro ponto importante levantado por González é a relação entre a cultura e a queda, cuja conclusão pode parecer simples, mas é frequentemente esquecida[3]. No capítulo quatro, discute-se sobre a diversidade de culturas usando dois momentos bastante semelhantes na Bíblia: o episódio da torre de Babel e o Pentecostes. No capítulo seguinte, sobre cultura e evangelho, fala-se sobre cultura, porém de forma mais abstrata. Nas palavras do autor: “como pode uma cultura alheia ao evangelho encarnar esse mesmo evangelho?” (p. 96). No capítulo seis, sobre cultura e missão, está uma das passagens mais importantes e significativas do livro: “... toda cultura deve ser vista sob a lente dupla do amor e da presença de Deus, por um lado, e da corrupção do pecado, por outro. Toda cultura é pecaminosa, mas, ao mesmo tempo, Deus atua em toda cultura.” (p. 124). No capítulo que encerra o livro, o autor discute “como a própria adoração cristã mostra e celebra certa relação entre a fé e a cultura”, tendo por tema os sacramentos.
            
Ainda no último capítulo, González faz uma leitura de Rembao, distinguindo o que chama ser uma “cultura evangélica” e a cultura que nos rodeia. Esse é um ponto que considero embaçado na obra do autor. Podemos ser cristãos, mas cristãos que vivem em determinado contexto histórico e geográfico. Como separar uma “cultura evangélica” com tal nível de abstração?
            
Apesar de revelar suas lacunas (principalmente pelo aspecto antropológico e de como este é trabalhado ao longo do livro), de escrita leve e bem delineada, Cultura e Evangelho é uma boa leitura, sobretudo a quem deseja se iniciar no tema. O livro levanta questões importantes e esboça ótimas discussões em torno do assunto, dando-nos o gosto de conhecer mais do autor.


[1] GONZÁLEZ, Justo L. Cultura e Evangelho: o lugar da cultura no plano de Deus. São Paulo: Hagnos, 2011.
[2] Religião como tradução: missionários, Tupi e Tapuia no Brasil colonial. Bauru, SP: Edusc, 2003.
[3] Cap. 3. Cultura e pecado.





terça-feira, 1 de outubro de 2013

O fim de uma era

Estou lendo agora, além de As crônicas de Nárnia, o livro do Bispo Walter McAlister chamado O fim de uma era. Este estou bem no comecinho mesmo, então não dá pra falar muito. Pela experiência que tenho com a Nova Vida (Igreja Cristã de Nova Vida, a qual pertence o Bispo), sei que em uma frase ou outra vou ter lá minhas discordâncias. Ainda assim, acredito que o livro irá me render ótimas reflexões.

O livro está no formato de uma entrevista realizada com o autor. Daí, a proposta da capa (uma foto do Bispo McAlister olhando para o leitor). A primeira parte da obra começam com dois excelentes pensamentos do poeta Archibald MacLeish e do filósofo Ludwig Wittgenstein. Mas deixo aqui uma primeira reflexão do autor em resposta à pergunta:
 -como o senhor vê a Igreja de Cristo nos dias de hoje?
"A Igreja no Ocidente vive numa sociedade que está perdida. Nossa civilização está agonizando. Estamos mergulhados numa espécie de Roma Antiga onde todos vivem em função de pão e circo, isto é, apenas necessidade e prazer (...). Não somos mais regidos por ideias, mas por interesses; não somos mais regidos por valores, mas pelo que nos serve. Vivemos numa época extremamente imediatista."

É... Temos muito o que pensar a respeito.




domingo, 29 de setembro de 2013

Crer é também pensar II

Lendo C. S. Lewis, encontrei a seguinte frase:

"De fato, quanto mais os homens ignoram a verdade de Deus que eles conhecem, mais 'fúteis' e até 'insignificantes' eles se tornam no pensamento" (Crer é também pensar, p. 31)

Isso explica muita, muita coisa...

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Sobre sexualidade

Houve um tempo em que oscilei bastante a respeito do tema, mas chega uma hora que a gente aprende seja por qual modo for que é preciso tomar partido de forma clara e precisa.
Hoje considero o que pensava equivocado (como neste texto). Um posicionamento que se mistura com essa liquidez das relações humanas.

Há alguns meses, li o que considero uma interpretação lúcida e bíblica que me esclareceu mais outros pontos  sobre o assunto e gostaria de compartilhar aqui com vocês: Paulo, Calvino e a sexualidade humana (Norma Braga). Uma boa leitura!

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Sintomas da bipolaridade

Hoje não estou me sentindo muito à vontade com o computador. Aliás, hoje não estou me sentindo bem. Sintomas de depressão. No meu caso, um evento externo desencadeou isso. Mas, apesar disto, estou exercitando minha escrita. Quero deixar aqui, pra quem é bipolar ou convive com alguém que é, quais são os sintomas do transtorno.

MANIA

  • Energia aumentada;
  • Humor agitado ou irritável;
  • Autoestima inflada ou sentimentos de grandiosidade;
  • Necessidade de dormir diminuída;
  • Mais falante que o normal ou pressão para continuar falando;
  • Pensamento acelerado;
  • Facilmente destraído;
  • Envolvimento excessivo em atividades prazerosas.



DEPRESSÃO

  • Energia diminuída;
  • Sentimentos vazios e tristes;
  • Perda de interesse ou prazer em atividades comuns;
  • Incapacidade de concentração;
  • Ganho ou perda de peso significativa;
  • Mudança nos padrões de sono, incapacidade de dormir ou períodos de sono aumentados;
  • Sentimentos de insignificância ou culpa inadequada;
  • Incapacidade de tomar decisões;
  • Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.



É... Vendo por essa lista... Eu não estou tão mal assim rs.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Pi, a fragilidade humana e a existência de Deus

Recentemente assisti As aventuras de Pi. O filme me despertou interesse, em primeiro lugar, pela fotografia, mas também pelo argumento inusitado. Um jovem, um barco e um tigre.

Criei algumas expectativas com relação ao filme e não digo que ele as tenha frustrado ou superado. Foi simplesmente uma interação, um diálogo: o filme e eu.

Uma das coisas que mais me chamou atenção no filme e pela qual vale a pena assisti-lo são as questões que o filme levanta. Um rápido resumo e é possível compreender o que escrevo. Como o nome diz, o longa narra as aventuras de um adolescente chamado Pi. Pi, já adulto, conversando com um homem que estava buscando uma boa história para escrever, conta algumas de suas aventuras e boa parte da narrativa dedica a um naufrágio onde passou meses na companhia de um tigre, dentro de um mesmo barco à deriva e tentando se manter vivo. Nessa luta, o filme traz à baila questões importantes sobre a existência de Deus, o sentido da vida e a fragilidade humana.

Mas eu queria ressaltar aqui a questão da fragilidade humana. No limite da fome e da sede, há momentos em que Pi se vê impotente e aí, vêm as indagações a respeito da existência de Deus e de como seria este deus. No filme, o protagonista assume-se como budista e católico, além de crer nos deuses hindus. Essa foi a resposta que Pi encontrou. Fez pensar sobre as respostas que temos dado a tais perguntas. Vale aquele velho chavão "Cristo é a resposta, mas qual é a pergunta?". Estamos ainda surdos para as perguntas?


domingo, 22 de setembro de 2013

Crer é também pensar

Li há um tempo um livro do John Stott chamado "Crer é também pensar". Meu primeiro desejo aqui seria o de fazer uma resenha do livro, mas confesso, estou sem disposição, sem fôlego pra isso. Ainda assim, gostaria de registrar aqui da importância que essa obra teve pra mim.

De prosa leve, simples e direta, John Stott consegue fazer pensar o leitor a respeito de sua própria fé e com argumentos sólidos, bem embasados, Stott tira as escamas dos olhos e nos faz enxergar o aspecto racional e lógico da fé. Não cremos em Deus somente com nosso coração, mas com nossa mente também. Difícil seria enumerar os exemplos que ilustram isso na Bíblia, sobretudo nas cartas paulinas.

Bem, no lugar da resenha, deixo aqui um trecho comentado do livro. É provável que volte a registrar outros excertos da obra, mas por enquanto reflitam sobre isto aqui:

"Algumas formas de misticismo têm crescido no meio da igreja introduzindo novas formas mais sutis de idolatria produzindo um esvaziamento da dimensão ética da fé, que é substituída por rituais mágicos para lidar com a realidade." (prefácio por Ziel J. O. Machado)*


*Qualquer semelhança com as pregações e a "pajelança gospel" que vemos frequentemente na TV... Não é mera coincidência.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Eternidade

“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (1Co. 15:19)


Frequentemente, vivemos como se não houvesse eternidade, como se não fôssemos criados para estar junto do Pai, eternamente com Ele. As palavras acima, do apóstolo Paulo, vêm na sequência de uma argumentação sobre a ressurreição (quem tiver oportunidade, leia o capítulo 15 todo). Cristo ressuscitou e, com isso, nos deu esperanças. Viveremos com Ele eternamente.


Que cada dia seja um aprendizado, um pedacinho de eternidade e não fuja de nossas perspectivas que, seja qual for a nossa situação aqui, ela é passageira. Que vivamos nossos dias tendo em mente que nascemos para glorificar a Deus hoje e sempre.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O lado bom da vida

Há pouco tempo assisti o filme "O lado bom da vida". Confesso que fui atraída a ver quando me disseram que o protagonista era bipolar. Pois bem. O filme tem lá seu mérito de ser descontraído, engraçado, às vezes, e, confesso, eu me identifiquei com o personagem principal.

A história se passa com um jovem que, tendo descoberto a traição de sua esposa é internado por causa de crises de raiva (pelo que se infere da história). Ao retornar pra casa, ele precisa encarar suas lembranças, problemas, mas, principalmente, o desafio de se adaptar à vida novamente. Acredito que a boa mensagem do filme venha daí, do desafio a recomeçar. Eis o trailer do filme.

P.s: Fico devendo aqui maiores explicações sobre bipolaridade (como sintomas, por exemplo).

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Canção para quem sofre

“O sofrimento de um cristão nunca é sem significado”.

Quando me deparei com esta frase e com o trecho da mensagem de John Piper que estão em uma canção, foi mais que chegar em casa após um dia difícil de trabalho, foi tomar o remédio certo e sentir o alívio da dor na hora. God has its own ways (Deus tem seus modos).


P.s: A canção está em inglês, mas vale a pena ouvir.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O início

Aconteceu em Recife, abril de 2012. Eu, que já tinha ouvido sobre a doença, passei da condição de mera espectadora para experienciá-la desde então. A partir daí, tudo mudou, tudo parou e se reconfigurou. Aos poucos vou me reerguendo, recuperando minha vida e as sombras da minha antiga rotina. Estou falando de transtorno bipolar. 

O que esse blog tem a ver com isso? Tudo. Pretendo aqui registrar não só as impressões do transtorno, mas pensamentos, ideias que estão surgindo das leituras que estou fazendo. Uma das coisas boas do transtorno é que ele me deu tempo para ler e pesquisar. Isso tem sido muito bom.

Bem, pra começar, gostaria de deixar um pensamento com vocês: “O deserto é mais que um lugar de luta e disciplina; é o lugar de um encontro sagrado” (Elizabeth J. Canham, tradução minha).