terça-feira, 18 de outubro de 2016

Gente bem resolvida

Então... Vou pular aquele preâmbulo do "há séculos não passo por aqui" e vou seguir debulhando as palavras. Pois sim. Tudo começou quando...

Certo dia, ouvi de um filósofo (quem acompanha vai reconhecer a fala) algo assim: "não confio em pessoas bem resolvidas". Uma fala que parece contraditória, mas, vamos lá pô-la à prova? Ok. E me lasquei matutando... Por que não confiar em pessoas bem resolvidas?

Em primeiro lugar, o que é ser "bem resolvido"? Vamos pensar num consenso: é ser alguém sem traumas, ciúmes, uma pessoa que lida bem com problemas (quando os têm), tem autoestima boa e blá, blá, blá. Pausa. Fiquei pensando... Existe alguém assim?? Tic, tac, tic, tac... Bem! Logo me veio à cabeça: se existe, não sou eu rs. Tenho muitas questões, mazelas, problemas a resolver, uma VIDA a resolver. Sigo com a mesma pergunta: existe alguém assim?? "Escaneei família, amigos, colegas..." e... Ainda não vi alguém "bem resolvido". O que me leva à terceira questão. Se alguém diz: "Sou bem resolvido" e blá, blá, blá... Por que o diz? O que o leva a dizer tal coisa? Longa pausa.

Não gostamos do feio. Cabe aquele provérbio "filho feio não tem dono". Nos vemos bonitos, atraentes, dignos de "selfies" (e tome "selfie"!), mas... Será que nosso olhar não estaria "domesticado" a ver só o que achamos bonito em nós ou, mais ainda, não estaríamos míopes ao ponto de não vermos as manchas e imperfeições? E, se isto aconteceria com nosso olhar, não seria nossa psique também míope para enxergar nossas debilidades, nossas questões mal ou não resolvidas?

Voltando à frase, insisto, por que dizer que é "bem resolvido"? Só consigo ver DUAS opções: uma pessoa pode olhar para si mesmo com honestidade e enxergar em si sua natureza regenerada e sentir uma paz que só se dá pela reconciliação com seu Criador. Então, nesta condição, ela olha pra si e diz "sou bem resolvida", por causa de Deus. Mas e a outra? Bem... A outra está em discórdia, em conflito. Com Deus, consigo mesma. Não há paz, mas um conflito intenso que não a deixa se ver bem resolvida. Mas essa mesma pessoa se disser "sou bem resolvida", em sua hipocrisia e desonestidade torna-se alguém não confiável tal como nosso filósofo ponderou.

O que concluo disso? Penso não ser possível alguém ser "bem resolvido" 100% do tempo, em tudo e com todos. Não seria um pouco demais pro "ser humaninho", não?? Seria mais sensato "preto no branco", "cartas na mesa", "jogo limpo"... Eu? Bem resolvida? Nem sempre. Na maioria das vezes, nem. Mas, com a graça de Deus, sigo tentando. 


quinta-feira, 14 de julho de 2016

Resenha do casório

Olá!

Estou cá entre mil afazeres (hoje é o dia que me dedico um pouco mais à casa), mas não resisti aportar por essas bandas para fazer algo que estou devendo. E hoje é um dia especialíssimo para isso, pois completamos 2 meses de casados (estamos ainda no leite de peito rs).
Bem, quando tudo finalmente se concretizou, dissemos o famoso "sim", fomos para a Lua de Mel e tudo, pensei: vou postar no nosso blog as venturas e desventuras para que outras noivas como eu fui possam contar com mais essa história para as ajudarem a realizar tão lindo projeto. Vou começar pela cerimônia em si. Pretendo, posteriormente, atualizar a página "nossos parceiros" do site de casamento para que outras noivas e noivos tenham algumas indicações.

AVISO: não economizei palavras.


A semana do casório
Lembro de pouca coisa rs. Não fiz a mudança. Decidimos fazê-la após a lua de mel, pois meu marido ainda estaria de férias e poderia fazer os ajustes mais imediatos. Acho que foi melhor assim, até porque eu não tinha muito o que carregar (no mais, a gente tá ajeitando aos poucos e tá ficando a nossa cara :).
Sabe aquela história de comida leve, dormir bem e coisa e tal? FAÇA! Importantíssimo. Eu e meu marido nos cansamos bastante e só aumentou a tensão. Umas rodelas de pepino gelado à noite não fariam mal, rs...



O dia do casório
Ah, esse eu lembro bem! O noivo acordou feliz e sorridente em seu 1º dia de férias e pensou: “Mais tarde vou dar um pulo na igreja pra ver como estão as coisas e tal”. Bem, ele não precisou se maquiar, nem nada (incrivelmente, as olheiras diminuíram :O). Com os pais em casa pra dar uma força, facilitou a vida também ;)
Sei que ele realmente “deu um pulo” na igreja. Pausa. Looooooonga pausa. Essa foi a hora que ele quase arrancou os cabelos e pensou “a Nivea não pode saber disso”. Mas... O que estava e não estava ainda pronto vai ficar para um post menos intimista e mais, digamos, apreciativo sobre os fornecedores (no fim das contas, parceiro é que trabalha COM você; fornecedor é quem fornece, presta serviço. Simples, sem marketing barato). Voltando ao “a Nivea não pode saber”, foi ele que conseguiu equilibrar os pratos que estavam caindo e, graças a Deus, não quebrou nenhum (ou se quebrou, ninguém viu rs).
A noiva. A noiva acordou passando mal. Hã?? Não havia comido nada diferente ou estragado e acordei passando mal. Mas... Daí, chegou maquiador, chegou irmã, tomei banho, acordei e ainda pela manhã estava eu secando as madeixas para o penteado. Nessas horas, eu agradeço ter escolhido me arrumar em casa, viu noivas? Foi a melhor coisa! Eu sei que o Dia da Noiva é muito atrativo e blá, blá, blá, mas pensei: “quais os serviços que vou querer? Onde eu gostaria de realiza-los?” E aí, tem aquele profissional X, Y cujo serviço você aprecia. Por que trocá-lo? E então programei as 2 semanas anteriores ao casório para fazer tudo. Ah! Limpeza de pele... Optei por consultar uma dermatologista que me prescreveu apenas filtro solar (eu já usava) e um gel para cravos e espinhas. Está resolvendo minha vida até hoje e foi bem mais barato que limpeza de pele! Então... Fiquem atentas e avaliem todas as possibilidades.
Mas voltando... O casamento estava marcado para às 16:30. Às 16h eu estava prontíssima da Silva :O Mas... Um dos casais de padrinhos acabou se enrolando por causa de uma das convidadas (cunhada da madrinha) que se atrasou e... Adivinhem?? Atrasou a noiva e o casamento. Buenas! Todo casório que fui nos últimos anos tem uma história de atraso. Mas que fique claro: a noiva não atrasou!
Enfim, cheguei à igreja. Tudo pronto, todos aguardando, igreja cheia. Noivo presente desde às 15:30. Aliás, ele, de novo, equilibrando pratos (pois é, a coisa foi feia).
Entrei, não passei mal, não engasguei. O noivo ficou pálido, quase desmaiou, mas segurou a onda (eu nem percebi rs). Dissemos os votos, cantamos (recado pro instrumentista que pegou na “viola” antes: favor não deixar o violão comprometido antes do noivo tocar).
Saímos ao som de uma big band tocando Sinatra (assumo a culpa pela trilha rs. A edição não foi lá das melhores, mas acho que fez bonito ;). Partiu bolo!


A recepção
Foi tudo muito espontâneo e, pelo que vimos todos se fartaram (bem, casório é isso mesmo. Boca livre rs). Não tivemos a foto do bolo... Não sei se isso foi ruim porque eu nem sei cortar bolo, kkk... Foram muitas fotos com familiares, padrinhos e alguns amigos e muito papo. Ah! Não posso esquecer do padrinho de óculos escuros que entrou na igreja assim... Sabe o que dizem, né? “Quem não tem colírio...” Vou comprar um pra ele depois ;)
Aqui um conselho... Você pode roteirizar a ordem dos eventos na festa/recepção e, se não tiver cerimonialista, deixar na mão de alguém de confiança que, de preferência, tenha disponibilidade de permanecer durante todo o evento.
E... Tudo se acaba na hora de jogar o buquê. Isso foi engraçado rs. O buquê (que não foi o da cerimônia) foi lançado e uma das madrinhas o pegou, mas teve o bendito “roubado” por uma senhora solteira que queria muito casar. Depois o buquê retornou às mãos da ganhadora, de fato, mas a cena foi registrada por “cinegrafistas amadores”. Rendeu boas risadas.
Bolo partido. Docinhos na bolsa. Buquê lançado. Partiu Noite de Núpcias. Mas esta parte e a Lua de Mel já serão outro capítulo ;)

Au revoir!

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Ode à escrita

Não lembro de momento tão premente para que eu escrevesse.
Nesse momento, escrever é respirar, é tornar-me, emancipar-me
Um pouco de alívio, um pouco de rumo, de ser, de querer
Sim, aquela pontinha de desejo de querer

Escrever é acariciar-me, é me abraçar e sentir também o Pai abraçando
Escrever é mais que sondar, é investigar e realizar descobertas de si
Descobertas de mim, esperança

Uso um espelho quebrado e minha visão de mim é imperfeita,
Mas a escrita me desnuda, me revela e me guarda. Protege-me como um anjo
A escrita faz companhia.

A escrita é também volátil. O que é já não será. O que já foi não o é mais. O que será também não o é. Como amá-la? Como querê-la? É ela quem nos quer, nos ama e nos chama a brincar com ela nos campos mais surreais, nos abismos mais sombrios, na geografia que for. Escrever... Ah... Escrever.


quarta-feira, 11 de maio de 2016

Contagem regressiva

Não poderia deixar de registrar aqui também. Como já escrevi uma nota no site do casamento, deixarei apenas o link e acrescento:

Até aqui nos ajudou o Senhor. A Ele toda a glória.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Tão somente

Hoje não me verás bonita
Não me verás de batom, lápis e rímel
Nem de saia, nem de salto
Tampouco de calça, de bota

Não me verás forte, sagaz
Nem perspicaz, intrépida
Hoje me verás...
Inevitalmente
Constrangedoramente
Disforme
Imprecisa
Sem força, sem ar
Apenas sendo
Apenas vendo

Hoje não me verás bonita...
Nem feia, nem deselegante
Hoje me verás mulher



P.s: A todas as mulheres que se sabem mulheres, com afeto, suor e lágrimas.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Sobre noivas, casório etc




 
Acredito que vêm mais postagens dessa por aqui, mas, como o tempo anda corrido, vou tentar resumir as coisas.

Dia desses li um artigo desses de sites femininos que dizia sobre 10 coisas que ninguém te conta sobre casar. Legalzinho, dá pra se divertir. Curiosamente, acabei refletindo sobre algumas delas em virtude da minha própria experiência. Vou me casar daqui a alguns meses e acredito que já esteja na época de me descabelar rs. Bem, algumas coisas que vou comentar estão no site, mas outras não. Coisas que ninguém nos conta antes de casar:

1. É quase que uma regra do brasileiro atrasar. Em se tratando de prazos, casamento não é exceção. Atrasam orçamento, atrasam prazos. Pra mim, que se acostumou ao jeito inglês de cumprir prazos, isto é algo extremamente irritante e estressante.

2. Você pode mudar de ideia sobre "quase" tudo na reta final. Bem... Até agora não tenho mudado muito, não, rs. Mas desde o princípio, pus o pé no chão e pensei no que era viável. Além do mais, nada estava hermeticamente fechado que não coubesse seguir outros caminhos. Então aqui vai a dica: noivas, queridas, não sejam tão idealistas... Troquem ideias com os profissionais, pesquisem e avaliem. Há sempre uma alternativa mais viável sem abrir mão do (com o perdão do cliché) sonho.

3. Nunca deixe o verdadeiro significado do casamento ser ofuscado. Sei que as noivas cristãs vão me entender. É Cristo que deve ser glorificado e em tudo. Não é uma flor a mais ou a menos no bolo que deverá importar mais que isso.

4. Dedique algum tempo ao noivo/noiva. É importante estarem juntos, se divertirem, falarem de outras coisas que não contas ou o cardápio do buffet.

5. Você só quer casar e não ouvir a palavra casamento. Verdade rsrs. Quando alguém pergunta: "E os preparativos?",  eu tenho mais é vontade de correr pra minha cama e dormir.

6. Você gasta um dinheiro com coisas imprevistas. Sim. E como!!! Tanto na festa quanto na casa. Se você planeja gastar X no casamento, é bom acrescentar, pelo menos, 50% nesse montante.

7. Não sei dizer se  é mais a noiva ou o noivo... Mas ambos ficam extremamente cansados. Muito cansaço!! O pior é dar conta de tudo e trabalhar ao mesmo tempo.

8. Se alguém disser que é importante ter uma cerimonialista, acredite! É essencial! Graças a Deus, encontramos uma bem acessível que está nos ajudando ;)

9. Algumas pessoas se afastam, outras se aproximam. Vem ajuda de onde você não esperava e vem também o desprezo. Casamento é um momento único na vida e também um tempo em que contamos muito com os amigos, familiares... Nem todos vão compartilhar da mesma alegria e preocupações com você. Alguns não vão dar a mínima, outros vão se doer por uma coisa ou outra. O importante é você aprender a perdoar e não mudar com as pessoas (só se for pra melhor).

10. Segundo o site, "vocês viram um grude". Não sei se "viramos um grude", mas, com certeza, mais cúmplices, parceiros, mais um.

Gente, faltam exatos 99 dias pro casório. Não sei se conseguirei voltar por aqui, mas algo é certo: se meu cabelo despentear, se escorrer o lápis, se doer o pé, se o noivo sujar o terno (bem capaz rs), se uma das madrinhas usar a cor fora da palheta, enfim... Será um dia lindo. Um dia que celebraremos junto aos amigos e família algo que só Deus poderia nos dar.

No mais, vida que segue (como dizia uma amiga).

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Uma nota de rodapé

Comecei o ano com um milhão de coisas para resolver, pois estou prestes a me casar (tã, taranran...). Por conta disso e de estar estreitando os laços com uma amiga que está em posição de liderança é que vem surgindo essas ideias.

Uma coisa que tenho detectado sobre liderança é que, nos dias de hoje, em tempos de uma pretensa igualdade de direitos, de gênero e tudo o mais, normalmente, as pessoas esperam que o líder proceda assim: ouça a todos e faça o que todos querem. Não que eu não acredite que isso possa funcionar a depender do caso, mas penso nos modelos bíblicos, principalmente, os do velho testamento. Samuel, por exemplo, só acatou o desejo do povo de ter um rei depois que Deus mesmo disse que assim se fizesse. Moisés não consultava o povo para tomar decisões. Ele subiu ao monte, esteve com Deus e fez o que Deus lhe ordenara. Seria interessante pesquisar mais a fundo esses exemplos, mas preciso resumir. A questão não é o que o povo quer, mas o que Deus diz. E, como disse a essa amiga: se Deus a colocou nessa posição é porque Ele vai capacitá-la.

Penso que o conceito de liderança que se tenta praticar pelos mais relativistas e pós-modernistas é uma pretensa liderança. É óbvio que, como professora, dialogo com o aluno e percebo o que ele já pode acrescentar ao processo. Mas só um de nós enxerga as pedras que podemos seguir (aqui, muitos pedagogos vão me atirar pedras rs). Isso não quer dizer que a relação seja assimétrica, mas os papéis são diferentes. Bem, é isso.