quarta-feira, 27 de março de 2019

A vida


Mistério - Os Arrais





Desde que ouvi esta canção pela primeira vez, esta reflexão reside na minha mente. A vida é um mistério. Podemos observar suas consequências, seus fatores, mas é fato que a coisa em si nós não podemos sequer tangenciar. Nossos pensamentos não são sequer do tamanho de um grão de poeira para que possamos sentir o impalpável mistério da vida. Somos barro, pó, sopro. Ainda assim, em nosso coração foi plantada a eternidade. Como pode algo de tamanha finitude relacionar-se com um ser eterno. Deus em Sua infinita misericórdia nos fez desejosos da eternidade. Nos fez desejar a vida, ainda que sejamos barro. Somos peregrinos aqui. Somos, como Jó, seres a quem cabe arrepender-se no pó e na cinza.

Fico por aqui nestes punhados de pensamentos... Muito mais a dizer se acrescentar a melodia da canção... Que me parece, com suas "pseudo resoluções" (na verdade, as notas apontam para uma resolução ainda que não sejam óbvias, vocês entendem? rs) apontarem também para o infindo... O que não se conclui: "o que é já existiu, e o que há de ser também já existiu, Deus trará de novo o que já passou" (Eclesiastes 3:15)

sábado, 2 de março de 2019

O trono

"O túmulo está vazio. O trono, não" (Ziel Machado)
Quando uma criança conversa com outra criança, ela olha para o lado. Mas quando temos uma criança conversando com um adulto, aquela vai, certamente, precisar olhar pra cima para poder lhe olhar nos olhos. Da mesma forma, um adulto, quando olha uma criança, precisa olhar para baixo.

Nosso olhar sobre o caos que nos cerca e por vezes, mos invade não precisa ser engessado. Para se olhar de outra perspectiva, é preciso que se reconheça a necessidade para tal e que se queira mudar esse olhar. Deus nos move a fazê-lo. Se o Pai não nos der uma boa chacoalhada, nosso olhar será sempre o mesmo e não enxergarmos nossas vidas nem o mundo da perspectiva do trono. É desse lugar que João, preso, é convidado a olhar o mundo a sua volta: um mar agitado e revolto, mas que obedece a voz de um Deus soberano e poderoso. É na tempestade que sua mansa voz acalma o mar e ganha a perspectiva que tem de fato: poder e grandiosidade.

Precisamos aprender a ouvir essa voz mesmo quando o caos nos invade. Deus não somente acalma a tempestade, nos dá paz em meio a turbulência, mas Ele nos ensina que um Deus bondoso, poderoso e soberano está no controle de tudo. E Ele está conosco.