quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Stênio e a beleza do Rei

Cada vez que ouço Stênio Marcius fico mais encantada. Pela riqueza de suas letras, pela complexidade de suas melodias e harmonias, sem falar nas imagens que evocam o conjunto desses elementos. São canções que nos transportam para um Brasil de natureza exuberante, para os igarapés do norte do país. A obra de Sténio não nos deixa com outra alternativa que não seja a contemplação. Contemplar um Deus belo em Sua santidade, como o próprio Stênio compôs: "canto a beleza do Rei".

Vou deixar aqui, evidentemente, uma amostra, dificílima de escolher, pois todas as canções são belas. Esta aqui selecionei por ser uma canção chave na minha história, quando ainda não tinha diagnosticado o transtorno, mas ele já estava se manifestando e deixando meus dias mais sombrios. E naquele período pude experimentar de forma marcante o quanto a música tem efeito terapêutico sobre nós (doentes ou não).  Que vocês se deleitem com música de Stênio.



terça-feira, 29 de outubro de 2013

Viva e eficaz

Acredito que já comentei aqui que estou lendo um material sobre transtorno bipolar. Na verdade, trata-se de alguns textos que uma amiga me deu e foram parte do conteúdo do curso que ela fez de aconselhamento bíblico. Estou me encantando com o material. Como diz em um dos textos, "Jesus é a resposta para um coração indomado" (tradução minha).

Pois então, pensando nisso, compreendi que a Bíblia realmente tem todos os recursos necessários para aconselhar um coração instável, não só para os bipolares, mas também para os depressivos, para os que têm TOC e para os que têm toda sorte de problema da psiquê, "pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração" (Hb. 4:12, NVI). Através da leitura bíblica, é possível não só diagnosticar, mas tratar a ferida que nos atinge.

Além disso, sabemos que do coração procedem as fontes da vida (Pv. 4:23). Daí, a importância de nos alimentarmos de tudo o que é puro, respeitável, amável, enfim, de tudo o que é virtuoso (Fp.4:8) e renovarmos nossas mentes (Rm. 12:2).

Se, por um lado, TB não tem cura (pelo menos, para a medicina), por outro, temos, na luta contra a doença, um elemento chave, que é a Bíblia. Ainda que você não tenha quem o aconselhe, faço um convite de leitura da palavra e estou certa de que você descobrirá muitas riquezas.

domingo, 27 de outubro de 2013

Encontros da vida

Igreja. Almoço. Passeio na praia e mais visita. No meio disso tudo, encontrar um tempinho pra blogar. Passei o dia em ótima companhia. Vejam vocês que na igreja que eu vou reencontrei minha ex-professora de canto lírico, que está aqui, inclusive, narrando o enredo da ópera cujo trecho vocês vão logo assistir. Uma boa semana a todos!



sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Transtorno Bipolar na Internet

Passei um tempinho hoje fazendo uma pequena pesquisa sobre o Transtorno Bipolar (TB) na internet. Achei poucos blogs com relatos interessantes. Mas blogosfera à parte, encontrei o site da Associação Brasileira de Transtorno Bipolar, que tem uma boa base de dados e informações mais elementares também, como o que é TB.

Dos relatos, destaco um que se chama Transtorno Afetivo Bipolar (TAB). Trata-se do relato de um bipolar dependente químico. o que é um agravante e tanto para a bipolaridade. Vale a pena uma vasculhada também no site da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), afinal, quem convive com um bipolar sabe que pode ser bem complicado, às vezes.

Por hora é só. Fico devendo minha definição do que seja o transtorno e, no percurso das minhas escrevinhanças, minha experiência com o assunto.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Pregação neopentecostal

A postagem de hoje é para divulgar algo que, penso eu, é urgente que venha à baila. Trata-se dos erros cometidos pela maioria das pregações neopentecostais. Mas faço coro com um dos comentaristas do texto: não quer dizer que todos usem das mesmas técnicas de pregação, ainda assim, acredito que o artigo do Pr. Renato Vargens é acertado, pois aborda um problema sistêmico, de abrangência nacional e, até onde percebi, os principais pregadores da TV incorrem nos erros descritos, distorcendo o Evangelho e aí, é uma questão de ética trazer o problema à tona e o autor faz isso muito bem. Para ler é só clicar aqui.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Mais Crônicas de Nárnia

De novo, o dilema da página em branco. Mas hoje, gostaria de repetir a dose e falar novamente sobre As Crônicas de Nárnia e da escrita. Estou na crônica A Cadeira de Prata. É incrível como a fluidez de Lewis nos leva a percorrer outros mundos. Nessa crônica não temos mais a presença dos quatro irmãos Pevensie que fizeram sucesso na primeira versão cinematográfica, temos o primo deles. E, como sempre, o principal elemento das crônicas, o Leão, que aparece logo de início.

O tema central é o desaparecimento do príncipe herdeiro de Caspian X (o "Príncipe Caspian" das outras histórias). Dois humanos são incumbidos por Aslam de encontrar o tal príncipe desaparecido - Eustáquio (A Viagem do Peregrino da Alvorada) e Jill. Estou no começo e já promete ser mais uma ótima história. Não parece que há pessoas especialmente dotadas de um talento que só Deus pode dar?

sábado, 19 de outubro de 2013

Mais um sábado

Chegar aqui sem uma ideia na manga é... Complicado. Mas como hoje é dia ímpar, não quero deixar passar a tradição.

Hoje foi quase outra daquelas tardes de sábado não fosse uma ida ao mercado no fim de tarde. Ok. Ida ao mercado não é programa, mas quando se para a cada 2 minutos na ida para responder uma mensagem de texto de uma amiga e quando se começa a discutir política com a companhia (no caso, minha mãe), a coisa fica mais interessante.

As mensagens de texto recheadas de reflexões teológicas em meio ao barulho e a poeira (meu bairro, graças à Copa, virou um canteiro de obras) me fizeram lembrar do meu último mês em Vitória da Conquista (sudoeste da Bahia). Tempo de muitas experiências com Deus e de muito crescimento.

Por fim, chego em casa para checar os e-mails e me deparo com uma linda mensagem de uma amiga que não escreve há tempos. Aquela surpresa! Muito agradável mesmo.

Agora, me despeço, pois as leituras são várias e o tempo curtíssimo. Amanhã, na Escola Bíblica seguimos com os estudos de Daniel e precisa sobrar uns minutinhos pra leitura de Crônicas de Nárnia. Agora já estou em A cadeira de prata. Au revoir!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Boa notícia

Hoje por dois motivos não poderia deixar de passar por aqui. O primeiro, não sei se alguém já notou, é hábito meu escrever nos dias ímpares. O segundo é pra contar uma boa notícia. Se estivesse com mais tempo, escreveria um relato mais acurado, mas vou direto ao ponto. Hoje fui à psiquiatra e ela reduziu mais uma vez minha dosagem de risperidona e eliminou outra medicação*. Saí de lá tão feliz que mesmo as 4 horas de espera e o engarrafamento na volta pra casa não me aborreceram. Vejo Deus, com mão cuidadosa, agir em tudo. A Seu tempo, outras coisas serão restabelecidas. Soli Deo Gloria.

*Risperidona é o medicamento, digamos, principal para o transtorno bipolar. A outra medicação foi o Akineton, que tem a função de combater os efeitos colaterais da risperidona. Como a dosagem de risperidona é muito baixa, não precisarei mais do Akineton :)

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Uma pequena homenagem

Como professora, não podia deixar de postar algo sobre o dia. Então vou contar aqui uma experiência minha em sala de aula do que penso ser uma das coisas mais recompensadoras na profissão. Tentarei ser concisa o suficiente.

A turma era de uma escola bilíngue, de ensino médio (acredito que 10º ano). A matéria era Literatura Brasileira e a turma era mista: brasileiros e estrangeiros. Eu estava contando a história de O Guarani de José de Alencar. À medida que eu contava, perguntas iam surgindo e a turma foi ficando mais envolvida no assunto (que antes, julgaram muito chato) até que cheguei na parte da história em que Peri se envenena para lutar com os aimorés e assim, matar também os inimigos que o devorassem (pois os aimorés eram antropofágicos), daí, fui interrompida:
- Caraca, professora! Esse cara fez isso (se envenenou)? Ele é meu herói!
E assim, aquele que menos gostava de literatura passou a ir mais animado para as aulas.

Parabéns a todos aqueles que colecionam histórias sobre o ofício do magistério e que, apesar da muita labuta, não se renderam.

Feliz Dia dos Mestres!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Lang Lang e Tchaikovsky

No sábado passei um tempo ouvindo música clássica com meu pai. Aliás, foi ele quem me ensinou a gostar do gênero. Lembro que na minha infância, ele ouvia muito Beethoven e Tchaikovsky e dele fazer gestos imitando um maestro, o  que me fazia rir bastante. Daí, ficou o interesse. Meus favoritos Tchaikovsky e Mahler.

Pouco depois de diagnosticado o transtorno bipolar, eu não conseguia mais nem sonhar com música clássica, que dirá ouvir, porque trazia-me muitas lembranças. Nem clássico, nem jazz. Hoje estou eu aqui ouvindo Tchaikovsky lindamente executado pelo pianista chinês Lang Lang. Pra quem assistiu "O lado bom da vida", era uma repulsa parecida com a que o protagonista sentia ao ouvir uma determinada música.

Mas... Enfim, volto aos clássicos e às minhas origens. A lembrança de ter um pai que amava música de câmara é mais forte que qualquer outra e, nessa, eu descobri Lang Lang. Deixo com vocês uma amostra. Espero que apreciem.


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Música cristã contemporânea

Há algum tempo existe um movimento de se fazer MPB na música evangélica. Exemplo disso é o Vencedores por Cristo, grupo Semente, dentre outros. Acredito que essa tenha sido uma tendência que foi sufocada durante um tempo, mas depois voltou com muito mais força.

Hoje em dia há várias opções pra quem deseja ouvir uma música de boa qualidade e com conteúdos que fogem do "mantra gospel". Além dos remanescentes como João Alexandre, estão surgindo outros cantores e cantoras que primam por uma música com conteúdo mas genuinamente bíblico (e aqui aproveito para dizer o que ouvi de um pastor e concordo plenamente: púlpito fraco, música fraca).

Quero deixar aqui duas dicas que considero ótimas: programas Plataforma e Autorretrato. Fico devendo falar sobre os artistas individualmente. E um bom feriado a todos!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Excepcionalmente

Nota de falecimento: matei hoje, acidentalmente, todas as mensagens na caixa de entrada do meu celular. Foram-se todas as lindas mensagens de incentivo, as mensagens de parabéns, as conversas, divagações... Enfim, todas. Fiquei triste. Leva tempo para se construir uma caixa de mensagens como a que perdi.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Filipenses 4

Se tem um texto que parece ter sido muito deturpado ou simplesmente extirpado dos púlpitos dominicais é Filipenses 4. Pudera... Neste capítulo, Paulo fala num evangelho que vai na contramão da Teologia da Prosperidade e é o oposto das pregações hedonistas, antropocêntricas e pós-modernistas que se assistem nas tardes na TV. "Tudo posso naquele que me fortalece", vemos em vários carros. Mas esqueceram de dizer que antes disso Paulo escreve: "Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez;" e só então... SÓ ENTÃO diz o que, infelizmente, virou o bordão da prosperidade.

Mas, sim, podemos tudo naquele que nos fortalece, Cristo. Podemos enfrentar tribulações, provações ou períodos de bonança e abundância. Podemos porque Cristo nos fortalece. Podemos cumprir nossa missão aqui na terra, que é glorificar a Deus.

Pois é... E sabe aquela história de "na saúde ou na doença, na pobreza ou na riqueza" etc e tal? Quando conhecemos a Cristo é esse o compromisso que devemos assumir. A analogia de Cristo e a Igreja com o noivo e a noiva não é à toa e faz muito sentido. Pensando desse modo, será que vivemos  sob estes parâmetros? Será que o adoramos e o glorificamos quando estamos em tempos de vacas magras? Entendemos como o apóstolo Paulo que adorava a Deus mesmo encarcerado?

Minha oração é que a Igreja atual compreenda isso e entenda, como foi muito bem colocado pelo Pr. Renato Vargens em sua pregação, que adoração a Deus extrapola o período de louvor das igrejas, sendo uma atitude integral do cristão.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Crônicas de Nárnia

Estou lendo As Crônicas de Nárnia, mais precisamente, a crônica A Viagem do Peregrino da Alvorada. É impressionante o quanto C. S. Lewis nos envolve em suas fantasias e nos fala através de muitas metáforas e alegorias sobre o relacionamento do homem com Deus. É uma leitura leve, prazerosa. Recomendo, sobretudo pra quem já viu o filme. Volto por aqui para comentar mais a respeito.

sábado, 5 de outubro de 2013

Tardes de sábado

De todos os dias da semana, pra mim, o mais entediante é o sábado. Programação da TV ruim, sem companhia para sair (ok, há exceções), sem dinheiro... Enfim, um tédio só. Tenho muito o que ler e sei que posso aproveitar o tempo aqui, escrevendo também, mas chega uma hora que a gente cansa.

Uma das coisas que mais me alegram é a leitura, mas agora descobri que nem isso dá pra fazer a qualquer hora. Dois dos remédios que tomo afetam a visão, vi nas respectivas bulas (sim, eu leio bula de remédio). Consigo ler melhor lá pro final da tarde/ início da noite. Mas até lá...

Vou ficando por aqui... Uma das exceções aconteceu: vou visitar uma amiga que está bem próxima. Um ótimo fim de semana a todos!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Cultura e Evangelho: o lugar da cultura no plano de Deus

Cultura e Evangelho é um daqueles livros cujo título aguça a expectativa do leitor. Resultado de uma série de conferências feitas pelo autor, Justo González, o livro nos dá a oportunidade de adentrar a intersecção entre antropologia e teologia ou, nos termos do livro, cultura e evangelho. A obra tem seus créditos muito por introduzir determinadas questões pertinentes ao tema missões, mas não só isso: por trazer à tona questões a partir da própria experiência do autor (um protestante em Cuba).
            
Uma das primeiras questões que se coloca no livro é a de como ser cristão em uma dada cultura. Ora, se somos cristãos, nós o somos sem deixar de sermos brasileiros, norte-americanos, franceses e por aí vai. O ponto aqui – e que transparece não só nesta parte, mas em outros trechos do livro – é o conceito de cultura com o qual o autor trabalha.  Trata-se de um conceito de cultura um tanto estático e, ao mesmo tempo, difuso. Para o autor, cultura tem uma dimensão externa e outra interna, sendo externa a relação do homem com o seu meio ambiente e interna a relação do homem entre si. Já o título em espanhol aponta para o conteúdo do livro de forma mais ampla: Culto, cultura y cultivo, incluindo a dimensão da fé e do rito (culto).

O primeiro capítulo do livro trata sobre fé e cultura e traz uma discussão muito interessante, nas palavras do autor:
Seria possível ser evangélico plenamente, tão evangélico quanto qualquer um dos missionários que vinham da América do Norte, e ao mesmo tempo ser plenamente latino-americano, tão latino-americano quanto qualquer um? (p. 28)[1]

É possível ser este o maior mérito do livro: trazer esta e outras questões importantes à baila. Quanto à primeira e talvez mais central, lembro-me de ter lido alguns trechos de um livro chamado Religião como tradução, cuja principal tese enriqueceria e muito as respostas de González, pois no livro de Cristina Pompa[2], o que aconteceu nas missões jesuíticas não foi uma simples imposição da religião católica aos índios, mas uma tradução de ambas as partes que resultou na catequese indígena.
Outro ponto importante levantado por González é a relação entre a cultura e a queda, cuja conclusão pode parecer simples, mas é frequentemente esquecida[3]. No capítulo quatro, discute-se sobre a diversidade de culturas usando dois momentos bastante semelhantes na Bíblia: o episódio da torre de Babel e o Pentecostes. No capítulo seguinte, sobre cultura e evangelho, fala-se sobre cultura, porém de forma mais abstrata. Nas palavras do autor: “como pode uma cultura alheia ao evangelho encarnar esse mesmo evangelho?” (p. 96). No capítulo seis, sobre cultura e missão, está uma das passagens mais importantes e significativas do livro: “... toda cultura deve ser vista sob a lente dupla do amor e da presença de Deus, por um lado, e da corrupção do pecado, por outro. Toda cultura é pecaminosa, mas, ao mesmo tempo, Deus atua em toda cultura.” (p. 124). No capítulo que encerra o livro, o autor discute “como a própria adoração cristã mostra e celebra certa relação entre a fé e a cultura”, tendo por tema os sacramentos.
            
Ainda no último capítulo, González faz uma leitura de Rembao, distinguindo o que chama ser uma “cultura evangélica” e a cultura que nos rodeia. Esse é um ponto que considero embaçado na obra do autor. Podemos ser cristãos, mas cristãos que vivem em determinado contexto histórico e geográfico. Como separar uma “cultura evangélica” com tal nível de abstração?
            
Apesar de revelar suas lacunas (principalmente pelo aspecto antropológico e de como este é trabalhado ao longo do livro), de escrita leve e bem delineada, Cultura e Evangelho é uma boa leitura, sobretudo a quem deseja se iniciar no tema. O livro levanta questões importantes e esboça ótimas discussões em torno do assunto, dando-nos o gosto de conhecer mais do autor.


[1] GONZÁLEZ, Justo L. Cultura e Evangelho: o lugar da cultura no plano de Deus. São Paulo: Hagnos, 2011.
[2] Religião como tradução: missionários, Tupi e Tapuia no Brasil colonial. Bauru, SP: Edusc, 2003.
[3] Cap. 3. Cultura e pecado.





terça-feira, 1 de outubro de 2013

O fim de uma era

Estou lendo agora, além de As crônicas de Nárnia, o livro do Bispo Walter McAlister chamado O fim de uma era. Este estou bem no comecinho mesmo, então não dá pra falar muito. Pela experiência que tenho com a Nova Vida (Igreja Cristã de Nova Vida, a qual pertence o Bispo), sei que em uma frase ou outra vou ter lá minhas discordâncias. Ainda assim, acredito que o livro irá me render ótimas reflexões.

O livro está no formato de uma entrevista realizada com o autor. Daí, a proposta da capa (uma foto do Bispo McAlister olhando para o leitor). A primeira parte da obra começam com dois excelentes pensamentos do poeta Archibald MacLeish e do filósofo Ludwig Wittgenstein. Mas deixo aqui uma primeira reflexão do autor em resposta à pergunta:
 -como o senhor vê a Igreja de Cristo nos dias de hoje?
"A Igreja no Ocidente vive numa sociedade que está perdida. Nossa civilização está agonizando. Estamos mergulhados numa espécie de Roma Antiga onde todos vivem em função de pão e circo, isto é, apenas necessidade e prazer (...). Não somos mais regidos por ideias, mas por interesses; não somos mais regidos por valores, mas pelo que nos serve. Vivemos numa época extremamente imediatista."

É... Temos muito o que pensar a respeito.