sábado, 7 de dezembro de 2013

Há dias...

Há dias em que o fôlego não vem
Há dias em que o pássaro se debate na gaiola
Há dias em que não há vírgulas ou pausas
Há dias em que o grito implode no pensamento
Há dias em que a mente é um cavalo indomado

(...)

Há dias em que o coração sufoca por dentro
Há dias em que uma hemorragia interna nos afoga
Há dias em que uma poeira ao vento é mais preciosa
Há dias em que as cores se suicidam
Há dias em que nada, nenhum silêncio conforta


Em todos estes dias: "Porque há esperança para a árvore, que, se for cortada, ainda torne a brotar, e que não cessem seus renovos" (Jó 14:7)

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