quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Cristo e A Cadeira de Prata

Recentemente, li A cadeira de prata, que é a penúltima de As crônicas de Nárnia. Nesta, como nas outras, há a presença de crianças da Terra. O enredo trata de um príncipe desaparecido que as tais crianças vão ajudar a encontrar.

Pois bem. Jill e Eustáquio (as crianças) conseguem encontrar o príncipe desaparecido, mas que está sob encantamento de uma lindíssima dama que é, na verdade, uma feiticeira e ora se transforma em uma serpente perigosíssima. Quando o livro caminha para a resolução, em uma das cenas, o príncipe (sob sua forma encantada) conta às crianças que está prestes a ter um ataque e que eles não devem desamarrá-lo sob qualquer condição. Durante o ataque o príncipe era amarrado em uma cadeira de prata. Era neste momento, durante o ataque, que o príncipe se via livre do encantamento. Justamente quando estava preso.

Acho esta cena riquíssima em elementos, em sua simbologia, mas uma coisa, em especial, me chama atenção: a cadeira de prata, que é também o nome da crônica. A cadeira é onde o príncipe se mantém preso, mas também é sentado nela que ele tem lucidez.

Voltando à cena, o príncipe é liberto ao pedir às crianças que o soltem "por Aslam". Para quem leu uma das crônicas ou todas elas, Aslam é o próprio Cristo.

Penso que todos nós já passamos por períodos de "encantamento", de dormência dos quais precisamos ser libertos. E corremos pra Cristo, que é quem nos livrou das amarras do pecado e da escravidão. E penso também na cadeira de prata de Lewis. Entendo-a como um lugar de lucidez, um lugar de consciência real. Mesmo estando preso por cordas, o príncipe estava livre, pois era naquele momento que ele podia ser ele mesmo. Assim, nós. Em Cristo, nos conhecemos. Nele somos nós mesmos e Nele somos livres.

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