domingo, 21 de setembro de 2014

Mais dilemas existencialistas em Woody

Depois de um século sem ver nenhuma película do velho Woody no cinema, ontem assisti "Magia ao Luar". Trilha sonora bem típica (jazz anos 40?), ambientação também de época, boa fotografia e, claro, ótimos diálogos e tiradas ácidas e irônicas. Durante o filme me lembrei de "Blue Jasmine" (que não vi na telona, mas...) pela temática. Dois filmes de gêneros diferentes, mas considerei ambos existencialistas. Em "Blue Jasmine" vemos um Woody que julgo ser tão pessimista quanto o Woody de "Magia ao Luar", fazendo ecoar Eclesiastes "tudo é vaidade e correr atrás do vento". Por outro lado, "Magia ao Luar" tem a doçura de nos fazer fantasiar sobre uma mudança de perspectiva, sobre o lado bom do ser humano. É claro que isso tudo é desconstruído ao se desatar os nós da trama, mas, por um tempo no filme, o espectador é levado a acreditar que o ser humano pode mudar. É neste e em outros pontos que Woody não encerra a questão (por não considerar o ponto de vista cristão). De toda forma, tanto pelos diálogos quanto pela técnica, "Magia ao Luar" faz valer a ida a um cinema.

Uma boa semana!





P.s: Ponto também para a atuação do Colin Firth

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